Donald Trump, provável candidato republicano à Casa Branca, disse nesta terça-feira (28) que, se chegar à Presidência dos EUA, está disposto a retirar o país do Nafta –tratado de livre-comércio dos EUA com Canadá e México, em vigor desde os anos 1990– caso o acordo não seja renegociado de forma satisfatória.
Em discurso em uma fábrica de sucata de alumínio em Monessen, na Pensilvânia, ele também afirmou que não vê maneira de fazer funcionar a Parceria Transpacífico (TPP), acordo pendente que envolveria 12 países em três continentes.
"O TPP, como se sabe, seria o golpe fatal para a indústria americana", afirmou. Na ocasião, o provável candidato também disse que pretende usar seu poder de ação para remediar disputas comerciais com a China.
Trump revelou seus planos para o comércio em eventos na Pensilvânia e Ohio, Estados industriais em que ele e a virtual candidata democrata à Presidência, Hillary Clinton, batalham pelos votos dos trabalhadores nas eleições de novembro.
O republicano também teceu críticas à oponente, ao afirmar que Clinton foi favorável ao TPP enquanto era secretária de Estado do governo, e só passou a ser contrária ao acordo quando iniciou sua campanha pela Presidência.
Segundo o comitê de campanha de Clinton, as afirmações de Trump são uma tentativa de tirar a atenção de "suas perigosas políticas econômicas".