O Ministério Público do Chile descartou uma ação judicial contra a presidente Michelle Bachelet, que prestou depoimento voluntário em investigação sobre supostos crimes fiscais praticados por seu filho mais velho e sua nora Natalia Compagnon.
A presidente depôs na terça-feira para o promotor Sergio Moya no chamado caso Caval, envolvendo seu filho mais velho, Sebastian Davalos, e Natalia Compagnon.
O filho da presidente é acusado de ter facilitado um empréstimo do Banco do Chile para a empresa de Compagnon no valor de US$ 15 milhões. Com esse dinheiro, ela teria comprado imóveis e os revendido em seguida por um preço mais alto.
Nesta investigação, existem denúncias contra Davalos e Compagnon, mas no caso de Bachelet "descarto absolutamente, não há denúncias nem queixas contra ela", disse Moya, em declarações publicadas neste domingo (29) pelo jornal "El Mercurio".
Ele disse que após o depoimento de Bachelet decidiu realizar novas diligências no caso, declarando assim um recesso de 40 dias.
O governo declarou na sexta-feira que Bachelet havia prestado depoimento, após a revista "Qué Pasa" publicar em seu site na quinta-feira à noite uma suposta conversa telefônica de um dos envolvidos no caso Caval implicando diretamente a presidente no escândalo.
A publicação foi apagada da internet pouco depois com um pedido de desculpas do veículo.
O caso começou em fevereiro do ano passado e a presidente não foi envolvida até então, mas sua nora foi acusada por infrações tributárias no final de janeiro, enquanto seu filho ainda está sob investigação.