Folha de S. Paulo


Ministério Público descarta ação contra Bachelet em caso de corrupção

Claudio Reyes/AFP
Presidente chilena, Michelle Bachelet, acena ao chegar ao Congresso em Valparaíso
Presidente chilena, Michelle Bachelet, acena ao chegar ao Congresso em Valparaíso

O Ministério Público do Chile descartou uma ação judicial contra a presidente Michelle Bachelet, que prestou depoimento voluntário em investigação sobre supostos crimes fiscais praticados por seu filho mais velho e sua nora Natalia Compagnon.

A presidente depôs na terça-feira para o promotor Sergio Moya no chamado caso Caval, envolvendo seu filho mais velho, Sebastian Davalos, e Natalia Compagnon.

O filho da presidente é acusado de ter facilitado um empréstimo do Banco do Chile para a empresa de Compagnon no valor de US$ 15 milhões. Com esse dinheiro, ela teria comprado imóveis e os revendido em seguida por um preço mais alto.

Nesta investigação, existem denúncias contra Davalos e Compagnon, mas no caso de Bachelet "descarto absolutamente, não há denúncias nem queixas contra ela", disse Moya, em declarações publicadas neste domingo (29) pelo jornal "El Mercurio".

Ele disse que após o depoimento de Bachelet decidiu realizar novas diligências no caso, declarando assim um recesso de 40 dias.

O governo declarou na sexta-feira que Bachelet havia prestado depoimento, após a revista "Qué Pasa" publicar em seu site na quinta-feira à noite uma suposta conversa telefônica de um dos envolvidos no caso Caval implicando diretamente a presidente no escândalo.

A publicação foi apagada da internet pouco depois com um pedido de desculpas do veículo.

O caso começou em fevereiro do ano passado e a presidente não foi envolvida até então, mas sua nora foi acusada por infrações tributárias no final de janeiro, enquanto seu filho ainda está sob investigação.


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