O Senador republicano John McCain, candidato à Presidência em 2008, disse que vai apoiar o empresário Donald Trump, caso ele seja confirmado como concorrente do partido à Casa Branca.
Em entrevista à rede de TV CNN, McCain criticou a postura de líderes republicanos que rejeitam a escolha de Trump. "É preciso escutar o povo, que escolheu o nomeado", disse. "Acho que seria uma bobagem ignorá-los."
McCain não se comprometeu, entretanto, a dividir o palco com Trump em comícios da campanha.
Mark Wilson/France Presse | ||
O Senador republicano John McCain, durante a convenção republicana de 2012 |
Um número cada vez maior de dirigentes republicanos se opõe à indicação de Trump como candidato à Casa Branca, mas o bilionário diz que não precisa buscar a unidade do partido.
"O partido tem que estar unificado? Realmente não acho", disse Trump a um programa de TV da rede ABC.
"Eu sou muito diferente de todos os outros", acrescentou o magnata do setor imobiliário, que é o único candidato à indicação para as eleições presidenciais de novembro, depois que seus rivais abandonaram a corrida.
O coro anti-Trump é integrado pelos dois últimos presidentes republicanos, George H.W. Bush e seu filho George W. Bush, assim como por Mitt Romney, candidato presidencial em 2012, entre outros.
"Acho que seria melhor se o partido se unificasse, acho que seria algo bom. Mas realmente não acho que tenha que ser assim, no sentido tradicional", opinou.
Trump também disse que espera que alguns eleitores democratas o apoiem nas eleições.
"Vou chegar a milhões de pessoas dos democratas. Vou conseguir que os eleitores de Bernie (Sanders) votem em mim", afirmou, se referindo ao principal rival da favorita à nomeação democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.