Folha de S. Paulo


Obama deve anunciar envio de 250 militares para combater EI na Síria

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deverá anunciar nesta segunda (25) o envio de mais 250 militares americanos para ajudar no combate à milícia radical Estado Islâmico na Síria.

Segundo membros do governo americano, a maior parte da tropa enviada será de integrantes das forças especiais, responsáveis por assessorar combatentes a enfrentar a milícia. Atualmente, 50 soldados estão no país árabe.

Também farão parte do grupo militares médicos e especialistas em logística. A intenção, afirmam os integrantes do governo, é reforçar o combate ao Estado Islâmico no momento em que a facção começa a perder terreno.

Eles ainda dizem que os agentes em solo são fundamentais para montar a estratégia usada pela coalizão liderada pelos EUA de ataques aéreos a regiões dominadas pelos extremistas na Síria e no vizinho Iraque.

O anúncio deverá ser feito em discurso na manhã de segunda em Hannover, onde se reúne com a chanceler Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande e os premiês italiano, Matteo Renzi, e britânico, David Cameron.

Na reunião, eles deverão discutir a guerra civil na Síria, embora os principais temas devam ser a crise de refugiados na Europa e a proposta de um tratado de livre comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos.

USO DA FORÇA

O deslocamento de mais forças à Síria acontece dias depois de Obama ter advogado por uma solução diplomática para o fim do conflito. Em visita à Arábia Saudita, o presidente não comentou sobre se enviaria mais tropas.

No entanto, disse que conversou com assessores sobre as opções em caso de fracasso do cessar-fogo. "Nenhuma das opções é boa. Minha visão foi sempre conseguir uma solução política com todos os atores externos e internos".

O envio de tropas à Síria acontece duas semanas depois de o secretário de Defesa americano, Ashton Carter, anunciar o deslocamento de 217 soldados ao Iraque, também para a luta contra o Estado Islâmico.

Nos últimos meses, os extremistas perderam território tanto para combatentes curdos e rebeldes moderados, apoiados pelos EUA e a União Europeia, quanto para o regime sírio, que recebeu ajuda da Rússia.


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