Folha de S. Paulo


Um ano após terremoto, Nepal é palco de homenagens e protestos

Um ano após o terremoto que assolou o Nepal (em 25 de abril de 2015), sobreviventes e parentes das vítimas se reúnem neste domingo (23) perto dos escombros de uma torre histórica em Katmandu, capital do país, para homenagear os quase 9.000 mortos no desastre.

Entre os que estavam presentes, o primeiro-ministro Khadga Prasad Oli depositou uma coroa de flores nas ruínas da torre Dharahara. A estrutura icônica desabou no terremoto, matando 132 pessoas. À noite, foi promovida uma vigília com velas no local.

Foram decretados três dias de luto nacional. Na segunda-feira (25), uma cerimônia marcada para as 11h56 (hora em que aconteceu o terremoto) vai relembrar as 285 vítimas que morreram soterradas em Langtang.

Além das homenagens, o domingo também é marcado por protestos —cerca de 100 manifestantes entraram em confronto com a polícia. Eles reclamam do ritmo lento da reconstrução de casas no país.

Um ano após o tremor (de magnitude 7,8), quatro milhões de nepaleses seguem abrigados em albergues temporários, em condições que ameaçam sua saúde e bem-estar, segundo a Cruz Vermelha.

Nepaleses também reclamam da demora no repasse de verba. Apenas 661 famílias receberam a primeira parcela de um subsídio do governo de 200.000 rúpias (US$ 1.868), obtendo apenas 50.000 rúpias (US$ 467) até o momento.


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