Folha de S. Paulo


Políticos da América Latina declaram apoio à Dilma Rousseff

Políticos e personalidades de esquerda da América Latina declararam, neste fim de semana, apoio à presidente Dilma Rousseff pela rede social Twitter.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, escreveu "não ao golpe do Congresso. Defendamos a democracia do Brasil, sua liderança regional e a estabilidade da América Latina".

Evo Morales

Na mesma rede, o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, compartilhou fotos de atos contra o impeachment que aconteceram no Brasil neste domingo (17) acompanhadas da frase: "A direita do continente desconhece a soberania popular. Querem desaparecer conosco?".

O argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz de 1980, afirmou estar solidário com a presidente Dilma Rousseff e com os brasileiros.

"A corrupção não se combate quebrando a constituição. O povo do Brasil precisa de mais democracia e transparência, não [de] corruptos quebrando a constituição para fazer um golpe", escreveu em português no Twitter.

Esquivel

Recentemente, ele disse à Folha que a crise política brasileira poderia ser comparada com a do Paraguai de 2012, que culminou com o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo.

"São golpes brandos e nós, na América Latina, já temos experiência suficiente para saber que as forças armadas não são necessárias para derrubar um governo."

O impeachment de Lugo ocorreu em 24 horas e foi considerado constitucional. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, porém, questionou o processo. O Mercosul também se posicionou contra e suspendeu o Paraguai do bloco.


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