Folha de S. Paulo


Polícia belga prende três suspeitos de terrorismo em operação em Bruxelas

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Pelo menos três homens foram presos nesta sexta-feira (25) em uma grande operação da polícia da Bélgica em três bairros de Bruxelas relacionadas às investigações dos atentados da última terça-feira (22) na cidade.

Segundo investigadores, os homens eram ligados a um cidadão francês preso na noite de quinta (24) em Argenteuil, na região metropolitana de Paris, suspeito de planejar um novo ataque terrorista na Europa.

Dos três presos, dois foram identificados pelos agentes como Tawfik A. e Salah A.. Tawfik A. e o terceiro homem, cujo nome não foi revelado, ficaram feridos após serem baleados na perna durante a ação policial.

A emissora de televisão estatal belga RTBF informou que, com um dos presos, foi encontrada uma bolsa com material explosivo. A informação não foi confirmada pela polícia.

A operação começou às 13h45 locais (9h45 em Brasília) em Schaerbeek, bairro em que os dois dos homens-bomba alugaram um apartamento que servia de fábrica de explosivos para a célula terrorista.

Testemunhas ouviram disparos e explosões que, segundo o jornal belga "Le Soir", ocorreram de forma controlada e foram provocadas pelos próprios policiais. Outros dois bairros, Forest e Saint-Gilles, também foram alvos da ação.

Os investigadores disseram ter soltado três dos seis presos na quinta (24) suspeitos de ligação com o ataque. Também foi confirmado que Najim Laachraoui foi o segundo homem-bomba a se explodir no aeroporto de Bruxelas.

Devido à ação policial na capital belga, o primeiro-ministro do país, Charles Michel, cancelou um evento de homenagem às vítimas com o secretário de Estado americano, John Kerry, no aeroporto de Bruxelas.

Ataques na Bélgica

FRANÇA

A operação acontece horas após as autoridades francesas prenderem um homem identificado como Reda Kriket, 34, na cidade de Argenteuil. O homem era procurado desde janeiro por supostos vínculos com terrorismo.

Segundo as autoridades, o detido na França foi condenado à revelia na Bélgica em julho por fazer parte de uma célula de recrutamento para a Síria. Ele também teria relação com Abdelhamid Abaaoud, mentor dos ataques de Paris.

O Ministério do Interior francês afirma que ele estava em "estágios avançados" de uma conspiração para atacar o país. De acordo com os policiais, foram encontrados explosivos e armas durante a revista à casa de Kriket.


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