As vítimas dos ataques ao aeroporto e metrô de Bruxelas incluem passageiros a caminho do trabalho e viajantes de partida para férias muito aguardadas.
Em uma cidade que abriga instituições internacionais como a União Europeia e a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), elas vêm da Bélgica e de todo o mundo.
Entre as vítimas cuja morte foi confirmada, temos:
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Nascida no Peru, Adelma Tapia Ruiz, 37, sonhava abrir um restaurante. Ela morava na Bélgica há nove anos, mas continuava a cozinhar as receitas de sua terra natal.
No ano passado, ela preparou ají de gallina, uma receita de frango com muita pimenta, para um festival gastronômico organizado pelo consulado peruano em Bruxelas.
Tapia foi morta na explosão no saguão de embarque do aeroporto de Bruxelas na terça-feira, a família. Uma decisão circunstancial salvou a vida de seu marido e das filhas gêmeas de quatro anos do casal, Maureen e Alondra.
Christope Delcambe, o belga com quem Tapia era casada, havia tirado as duas meninas da fila de check-in para que elas pudessem brincar por um momento quando uma ruidosa explosão ecoou pelo salão.
Uma das filhas foi atingida no braço por estilhaços e recebe tratamento em um hospital local. As meninas eram o amor da vida de Tapia, disse seu irmão, Fernando Tapia, à agência de notícias Associated Press.
Depois que se casaram, Tapia e Delcambe enfrentaram problemas para a concepção de um filho, e por isso viajaram diversas vezes à Amazônia peruana em busca de plantas medicinais que os ajudassem a começar uma família.
"Eles nunca perderam a esperança", disse Fernando Tapia.
Ele disse que sua irmã estava se preparando para voar a Nova York, onde encontraria as duas irmãs que moram nos Estados Unidos.
Tapia era ativa na política e no começo do mês participou em Bruxelas de uma marcha para comemorar o Dia Internacional da Mulher.
Um dos objetivos do evento era atrair atenção para os problemas dos milhares de refugiadas chegando à Europa vindas da Síria e outros países devastados pela guerra.
Tapia e o marido moravam em Tubize, ao sul de Bruxelas, e o irmão dela informou que Adelma será sepultada em seu país adotivo.
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| Reprodução/Facebook | ||
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| O estudante da Universidade Saint-Louis Léopold Hecht morreu no hospital após ser ferido no metrô |
Leopold Hecht, 20, ficou gravemente ferido no atentado contra a estação de metrô de Maelbeek, e veio a morrer de seus ferimentos.
O reitor da Universidade Saint-Louis, de Bruxelas, Pierre Jadoul, disse que Hecht foi "uma das infortunadas vítimas desses atos de barbárie".
"Não há palavras que descrevam o nosso desalento diante da notícia", ele declarou em carta aos estudantes.
Colegas de Hecht acenderam velas e deixaram flores diante da universidade em sua memória. As fotos de Hecht em seu perfil no Facebook o mostram como um jovem sorridente, esquiando e curtindo a natureza.
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| Reprodução | ||
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| Olivier Delespesse morreu no atentado a bomba na estação Maelbeek, em Bruxelas, nesta terça-feira |
O funcionário público Olivier Delespesse também morreu no atentado a bomba contra a estação de metrô de Maelbeek, de acordo com a Federation Wallonie-Bruxelles, para quem ele trabalhava.
Seus colegas disseram que Delespesse um homem amável e estava sempre sorrindo. "Sempre contente e fazendo o máximo possível para ajudar os outros", disse seu amigo Fadi Dalati no Facebook.
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| Reprodução/Twitter | ||
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| O programador britânico David Dixon, que morreu em explosão no metrô de Maelbeek |
O programador britânico David Dixon, 51, foi confirmado como morto nesta sexta (25). Segundo a BBC, Dixon teria mandado uma mensagem para sua tia dizendo que estava bem após as duas explosões no aeroporto, mas foi vítima do ataque no metrô. Ele deixa um filho de 7 anos.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, tuitou: "Estou profundamente entristecido de ouvir que David Dixon foi morto nos ataques de Bruxelas. Meus pensamentos e orações estão com seus amigos e família."
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| Reprodução/Facebook | ||
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| Alexander e Sascha Pinczowski, que foram mortos no aeroporto de Bruxelas |
Os irmãos holandeses Sascha (26) e Alexander Pinczowski (29) morreram nas explosões do aeroporto, informou a CBS. Eles haviam visitado parentes na Holanda e estavam voltando para os EUA, onde moravam.
Em novembro, após os atentados de Paris, Sascha tinha escrito em seu Facebook: "Espalhar sentimentos e propagandas ignorantes contra o islamismo apenas beneficia o Estado Islâmico".
Segundo a emissora americana, eles estavam falando ao telefone com sua mãe quando ela ouviu um forte estrondo e a ligação caiu.
O sogro de Alexander, James Cain, disse que ele era "muito inteligente, sensível e tinha uma alma gentil" e Sascha era "cheia de vida, efervescente"
Em mensagem, a família de ambos disse que a confirmação de suas mortes "encerra esta situação trágica" e agradece "as orações de todos".
Tradução de PAULO MIGLIACCI