Folha de S. Paulo


EUA capturam importante líder do EI pela primeira vez, afirmam oficiais

Oficiais dos EUA disseram que um dos líderes do Estado Islâmico (EI) foi capturado em incursão realizada pelas forças especiais norte-americanas.

O membro do grupo terrorista está no Iraque sob custódia há duas ou três semanas. Militares afirmam que ele é o primeiro líder importante do EI a ser capturado pelos EUA no país, mas sua identidade não foi revelada.

Ahmad Al-Rubaye-2.mar.16/AFP
Forças iraquianas em operação no deserto de Samarra, no Iraque
Forças iraquianas em operação no deserto de Samarra, no Iraque

Segundo o jornal "New York Times", a operação foi realizada por um comando especial de operações formado por 200 membros e que chegou ao Iraque há poucas semanas. Militares disseram que pretendem entregar o homem capturado após interrogatório às forças iraquianas e curdas, com quem estão trabalhando conjuntamente para estabelecer uma rede de contatos e conduzir outras incursões contra a facção terrorista.

Oficiais do Departamento de Defesa dos EUA se recusaram a dizer o quanto de informações foram obtidas do líder detido e disseram que o interrogatório pode levar semanas ou meses para ser finalizado. Eles afirmam que os EUA não planejam deter suspeitos por tempo indeterminado.

Como parte do protocolo, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que monitora o tratamento aos detidos, foi informado sobre a detenção. Trevor Keck, porta-voz da organização, recusou-se a fazer declarações sobre o assunto, incluindo se a Cruz Vermelha está monitorando o interrogatório.

JORDÂNIA

Sete homens foram mortos num confronto armado com forças especiais da Jordânia. O serviço de inteligência do país disse na quarta-feira (2) que os envolvidos tinham relação com o EI e planejavam ataques a alvos civis e militares.

A operação ocorreu na terça-feira (1º), ao norte da cidade de Irbid. Tropas abriram fogo contra os suspeitos depois que eles se recusaram a sair do prédio residencial onde estavam, e um policial foi morto no confronto. Os homens portavam cintos com explosivos, armas e outros explosivos foram encontrados no local, segundo o serviço de inteligência.

A Jordânia não divulgou informações sobre a relação dos homens com o EI e os possíveis planos do grupo. Em declaração ao Parlamento, o primeiro-ministro do país, Abdullah Ensour, disse que a operação acabou às 3h de quarta. "O país está mais forte do que os extremistas calcularam", completou ele.

O prefeito de Irbid, Hussein Bani Hani, disse que houve aumento do número de extremistas na cidade nos últimos dois anos. Já o general aposentado do Exército Fayez Dweiri afirmou que os jordanianos que voltaram ao país depois de terem lutado ao lado do EI e de outros grupos terroristas na Síria e no Iraque também representam risco em potencial.

"Nossas agências de segurança devem ter cautela, pois o retorno deles podem não significar que estão arrependidos pelos seus atos", disse.

A Jordânia é um dos reinos pró-ocidente e faz parte da coalizão militar liderada pelos EUA contra o EI na Síria e no Iraque. Forças de segurança também reprimiram simpatizantes do EI no país. Algumas pessoas que expressaram apoio na internet ao grupo terrorista foram presas.

O serviço de inteligência disse que 13 suspeitos ligados ao grupo terrorista foram presos em Irbid em incursões anteriores, mas não especificou quando elas ocorreram.


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