Folha de S. Paulo


Mesas de votação de referendo na Bolívia começam a ser fechadas

As mesas de votação do referendo que poderá permitir que o presidente da Bolívia, Evo Morales, concorra a um quarto mandato começaram a ser fechadas às 16h no horário local (17h em Brasília).

"Até agora, a votação tem se desenvolvido de uma forma bastante normal, sem grandes dificuldades. Com exceção de casos isolados que foram resolvidos por cada tribunal eleitoral regional", informou à imprensa a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Katia Uriona, pouco após as 16h.

A votação havia começado às 8h (9h em Brasília) e em alguns locais se estenderá até as 18h (19h em Brasília).

Martin Alipaz/Efe
21/02/2016.- Una mujer deposita su voto hoy, domingo 21 de febrero de 2016, en El Alto, Bolivia, durante el referendo donde se pretende aprobar o rechazar una reforma constitucional para permitirle volver a ser candidato al presidente Evo Morales, en las elecciones de 2019 en las que busca un cuarto mandato hasta 2025. Seis millones y medio de bolivianos están convocados para depositar su voto en las 29.224 mesas repartidas en 4.785 centros electorales en las nueve regiones bolivianas. EFE/MARTIN ALIPAZ ORG XMIT: BOL10
Boliviana vota em El Alto no referendo sobre mudança na Constituição

NOVO MANDATO

O referendo deste domingo irá decidir se Morales poderá concorrer nas eleições de 2019.

O presidente dirige o país desde 2006, mas, com a mudança na Constituição em janeiro de 2009, houve novas eleições em dezembro daquele ano, vencidas por Morales. E a sua eleição em 2005 passou então a não entrar na soma dos mandatos.

Morales venceu também as eleições de 2014 e assumiu em 2015. Esta seria então a sua única reeleição.

A atual Constituição permite que o presidente se candidate apenas uma vez à reeleição.

No referendo deste domingo, os bolivianos decidirão se o artigo 168, que trata do tema, deve ser modificado para permitir que o dirigente se candidate duas vezes (para um terceiro mandato, portanto).

A pesquisa mais recente sobre intenção de voto, do instituto Mori, indica empate técnico entre o "sim" e o "não" (40% para cada lado).

Como há muitos indecisos (11%) ou que não declaram voto (7%), o resultado é incerto.

"A popularidade de Morales é grande [cerca de 60%], mas o governo vem se desgastando", diz à Folha o analista político Fernando Molina.


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