Folha de S. Paulo


Eleitores bolivianos queimam urnas e guias de votação durante referendo

Cidadãos bolivianos, enfurecidos pela falta de atas para registro de votos, queimaram cédulas e urnas eleitorais vazias neste domingo (21) em Santa Cruz, na Bolívia.

O episódio ocorreu durante referendo que definirá se o presidente Evo Morales poderá concorrer a um quarto mandato.

Em uma escola, os que chegaram de manhã para votar encontraram as cédulas de votação, mas se surpreenderam com a ausência das atas de registro.

Irritados, queimaram guias e cédulas —instrumentos utilizados em todas as eleições na Bolívia. Os votos no país são contados manualmente e registrados em atas, que, por sua vez, são enviadas aos tribunais eleitorais para a apuração final.

Martin Alipaz/Efe
21/02/2016.- Una mujer deposita su voto hoy, domingo 21 de febrero de 2016, en El Alto, Bolivia, durante el referendo donde se pretende aprobar o rechazar una reforma constitucional para permitirle volver a ser candidato al presidente Evo Morales, en las elecciones de 2019 en las que busca un cuarto mandato hasta 2025. Seis millones y medio de bolivianos están convocados para depositar su voto en las 29.224 mesas repartidas en 4.785 centros electorales en las nueve regiones bolivianas. EFE/MARTIN ALIPAZ ORG XMIT: BOL10
Boliviana vota em El Alto no referendo que pode mudar a Constituição do país

Uma fonte do tribunal eleitoral de Santa Cruz confirmou o incidente e informou "que a votação deve ser refeita nos locais onde foram queimadas as urnas". A próxima eleição está prevista para o dia 6 de março.

A falta de materiais foi um problema recorrente em outros colégios eleitorais, o que atrasou o início do referendo, o que fez o Tribunal Nacional Eleitoral autorizar o prolongamento do período de votação.

Cerca de 6,5 milhões de bolivianos votaram neste domingo para aprovar ou rejeitar uma reforma constitucional que habilitaria Evo Morales a candidatar-se para um quarto mandato (2020-2025).

Resultados parciais devem ser divulgados a partir das 18h locais (19h em Brasília).


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