Folha de S. Paulo


Promotoria na Venezuela pede 16 anos de prisão para prefeito opositor

O Ministério Público da Venezuela ratificou nesta segunda (15) a acusação de conspiração e formação de quadrilha contra o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e pediu 16 anos de prisão para o opositor.

A audiência preliminar de Ledezma, 60, havia sido suspensa por dez vezes nos últimos meses. O prefeito foi preso em 19 de fevereiro de 2015 e ficou até 30 de abril na prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, onde está detido o também opositor Leopoldo López. Depois disso, Ledezma foi transferido para a prisão domiciliar.

Miguel Gutierrez/Efe
Antonio Ledezma fala com jornalistas ao lado da ex-deputada María Corina Machado, uma semana antes de ser preso
Ledezma fala com jornalistas ao lado da ex-deputada María Corina Machado, dias antes de ser preso

O prefeito é identificado com a ala mais radical da oposição, liderada por López, e foi acusado pela promotoria, em 7 de abril, de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro ao apoiar grupos que supostamente "pretendiam desestabilizá-lo" com ações violentas.

Ledezma, segundo os promotores, teria relação com os venezuelanos Lorent Gómez Saleh e Gabriel Vales, expulsos da Colômbia em 2014 por suposta vinculação com "planos conspiratórios" ligados ao ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010).

Há quase um ano, dezenas de agentes do serviço de inteligência da Venezuela invadiram o escritório de Ledezma e o levaram detido, em mais uma ação de Maduro que acendeu um alerta na região.

Nesta segunda, o prefeito de El Hatillo, David Smolansky, um dos líderes do Vontade Popular, de López, disse, pelo Twitter, que teve a casa roubada e mostrou fotos das mensagens antissemitas escritas pelos autores nas paredes.


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