Folha de S. Paulo


Macri demite mais 700 funcionários públicos, sendo 50 na Casa Rosada

As demissões do governo argentino chegaram à Casa Rosada. Na manhã desta sexta (29), cerca de 50 funcionários que trabalhavam na sede do executivo foram dispensados.

O governo do presidente Maurício Macri vem reduzindo o número de postos de trabalho desde o fim de dezembro. Segundo o dirigente, sua antecessora, Cristina Kirchner, inchou a máquina pública entre 2013 e 2015.

Nos últimos dias de Cristina no poder, a situação se acentuou com a nomeação de centenas de servidores, que foram qualificados pelo atual governo como "ñoquis" (nhoques, em português) —como são chamados na Argentina os funcionários fantasmas ou que recebem sem trabalhar.

O novo presidente determinou que ministérios, secretarias, autarquias e estatais revejam, até junho, os concursos e processos seletivos de servidores temporários. A previsão é que até 24 mil contratos sejam cancelados.

Os funcionários demitidos da Casa Rosada afirmaram que não conseguiram entrar no local na manhã desta sexta. "Não somos camporistas [associados ao grupo político do filho de Cristina, Máximo Kirchner] nem nada", disseram.

Também nesta sexta, o Ministério da Cultura dispensou 500 empregados. Eles receberam um telegrama durante a semana avisando que isso ocorreria.

Na quinta (28), foram rescindidos 140 contratos de um órgão ligado ao Ministério da Defesa e 47 do Banco Central. Demitidos e kirchneristas se reúnem nesta sexta na Praça de Maio em um protesto batizado de "marcha dos ñoquis".


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