Folha de S. Paulo


Justiça espanhola mantém julgamento por corrupção contra irmã do rei

A Justiça da Espanha confirmou nesta sexta-feira (29) que a infanta Cristina, irmã do rei Felipe 6º, será julgada por corrupção. Ela é acusada de ajudar a desviar verbas públicas para uma entidade presidida por seu marido, Iñaki Urdangarin.

A decisão, tomada em tribunal de Palma de Mallorca, anula o pedido, feito pela defesa, de arquivamento das denúncias contra Cristina. As acusações, movidas pela Manos Limpias ("mãos limpas", em português), uma organização da sociedade civil, não foram endossadas pela Promotoria ou pela Fazenda.

Ballesteros - 8.fev.2014/Efe
GRA580. MADRID, 11/06/2015.- Fotografía de archivo (08/02/2014) de la infanta Cristina, a la que el Rey Felipe VI ha revocado el título de duquesa de Palma de Mallorca, medio año después de que el juez instructor del caso Nóos, José Castro, decidiera llevarla a juicio como presunta cooperadora en dos delitos fiscales. EFE / Ballesteros. ORG XMIT: GRA580
Foto de arquivo da infanta Cristina, acusada de corrupção

Após o anúncio do tribunal, a Casa Real da Espanha reafirmou seu "absoluto respeito à independência do Poder Judiciário".

Além da infanta Cristina, outras 17 pessoas, incluindo Urdangarin, são julgadas no caso de corrupção, conhecido como Nóos. O processo teve início em 11 de janeiro, e deve prosseguir com a fase de audiência oral em 9 de fevereiro.

Em junho de 2014, após a revelação do escândalo, o então recém-empossado rei Felipe retirou o título de duquesa de sua irmã. Apesar disso, Cristina mantém seus direitos sucessórios, os quais não podem lhe ser retirados a não ser que ela decida renunciar por conta própria.

O suposto envolvimento da infanta Cristina com o escândalo contribuiu para o desgaste da imagem da família real espanhola perante a opinião pública.


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