Dois pequenos barcos militares dos Estados Unidos foram apreendidos nesta terça (12) pelo Irã quando patrulhavam o golfo Pérsico, informou o Pentágono.
Os dez marinheiros que estavam a bordo foram detidos, mas o governo norte-americano afirma ter recebido garantias das autoridades iranianas de que eles e as embarcações serão liberados em breve.
Os barcos entraram em águas territoriais iranianas perto da ilha de Farsi, no meio do golfo, depois que um deles teve problemas mecânicos, de acordo com fontes do governo.
Os EUA afirmaram ainda que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, telefonou para o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, para acelerar a solução.
| Fabrice Coffrini/ - 8.nov.2013AFP | ||
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| O chanceler do Irã, Javad Zarif (esq.), e seu colega dos EUA, John Kerry, que conversaram sobre o caso |
Os dois mantêm contato desde as negociações que levaram ao acordo nuclear entre cinco grandes potências e o Irã, concluído em julho.
O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, disse que os barcos navegavam entre o Kuait e o Bahrein quando perderam contato. "Estamos em contato com o Irã e recebemos garantias de que a tripulação e as embarcações voltarão prontamente", disse Cook.
O susto inicial entre as autoridades norte-americanas foi substituído pelo alívio ao constatarem que o incidente aparentemente será resolvido sem dificuldades, algo que seria improvável antes do pacto com o Irã.
O incidente ocorreu poucas horas antes do último discurso de Obama sobre o Estado da União, em que o presidente citou o acordo nuclear com o Irã como uma das vitórias da politica externa de sua gestão.
Segundo a agência iraniana Fars, os barcos americanos foram apreendidos pela Guarda Revolucionária do país persa em águas territoriais iranianas.
Em nota divulgada sobre o incidente, a Guarda –cuja elite militar é contra o acordo do governo do moderado Hasan Rowhani com as potências– afirmou que os marinheiros estão em local seguro e sendo bem tratados.
Um funcionário do governo americano, que não quis se identificar, declarou à agência Reuters que problemas técnicos em um dos navios podem ter feito com que os dois entrassem, inadvertidamente, nas águas iranianas.
Com agências de notícias