Favorito dentre os eleitores republicanos para concorrer à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump lançou nesta segunda-feira (4) seu primeiro vídeo de campanha na TV. A peça de 30 segundos reforça o posicionamento do magnata sobre muçulmanos, imigração e terrorismo.
Segundo a equipe de Trump, o comercial irá ao ar nesta terça-feira (5) em Iowa e New Hampshire, dois Estados importantes nas primárias, a serem realizadas em julho, que definirão o candidato oficial do Partido Republicano para a eleição presidencial de novembro.
O vídeo pede uma postura mais incisiva contra a milícia radical Estado Islâmico (EI), que controla partes da Síria e do Iraque. Atualmente, os EUA lideram uma campanha internacional de ataques aéreos contra a facção.
"Ele cortará rapidamente a cabeça do EI e tomará o petróleo do grupo", diz o anúncio.
Além disso, a peça reitera a proposta feita recentemente pelo pré-candidato de barrar temporariamente a entrada de muçulmanos nos EUA para conter o terrorismo. O plano gerou controvérsia e foi alvo de críticas dentro da própria legenda.
A vinheta exibe imagens do casal de muçulmanos que matou 14 pessoas em um centro comunitário em San Bernadino, na Califórnia, no mês passado.
| Rebecca Cook - 21.dez.2015/Reuters | ||
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| O magnata republicano Donald Trump, pré-candidato à Casa Branca, em comício em Michigan no dia 21 |
O comercial também reforça os pedidos recorrentes de Trump para construir um muro na fronteira sul dos Estados Unidos, pago pelo México, para impedir a imigração ilegal.
Segundo Trump, a veiculação dos comerciais lhe custará ao menos US$ 2 bilhões (R$ 8 bilhões) por semana.
"Estou muito orgulhoso desta peça. Não sei se preciso dela, mas não quero correr qualquer risco, porque, se eu ganhar, vamos voltar a fazer os Estados Unidos grandes novamente", disse o pré-candidato em uma nota, após a divulgação do vídeo.
Na última pesquisa em nível nacional entre os republicanos, Trump aparece com 39% das intenções de voto, mais do que o dobro de seu rival mais imediato, o senador Ted Cruz, que lidera em Iowa.
De acordo com analistas, a ascensão de Trump e de seu discurso conservador radical representa um desafio para o Partido Republicano, que busca atrair os votos de eleitores de centro.