Folha de S. Paulo


Irã condena possibilidade de novas sanções dos EUA por testes de mísseis

O Irã condenou nesta quinta (31) os rumores de que os Estados Unidos estariam preparando novas sanções a empresas e indivíduos do país como forma de punição por um programa de testes de mísseis de Teerã.

"Responderemos resolutamente a qualquer ação americana que vise interferir nos nossos programas de defesa", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Irã Hossein Jaber Ansari, que chamou eventuais novas sanções ao seu país de "arbitrárias e ilegais".

Nesta quarta-feira (30), fontes em Washington afirmaram que os EUA estariam preparando restrições econômicas que atingiriam 12 empresas e pessoas no Irã, em Hong Kong e nos Emirados Árabes Unidos por ajudar a desenvolver o programa de mísseis iraniano. A notícia foi divulgada um dia depois que a administração de Barack Obama repreenderam publicamente o país persa por testar mísseis perto de uma embarcação americana.

Oficiais americanos alegam que o têm o direito de impor tais restrições por conta do acordo nuclear assinado em julho entre o Irã e seis potências. No começo de dezembro, a agência Reuters revelou um relatório das Nações Unidas, segundo o qual mísseis Emad de médio alcance testados pelo Irã em outubro teriam capacidade para levar cargas nucleares.

O governo iraniano alega, porém, que o acordo nuclear só bane o desenvolvimento de mísseis especificamente projetados para serem usados com fins nucleares e que o Emad é um "míssil convencional". Oficiais do país afirmam que considerarão qualquer sanção como uma violação do acordo.

"Como dissemos ao governo americano, o programa de mísseis iraniano não tem nenhuma relação com o acordo nuclear", afirma Jaber Ansari.

Irã


Endereço da página:

Links no texto: