Folha de S. Paulo


Trump agradece elogios de Putin e defende aliança entre EUA e Rússia

O magnata imobiliário e pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu ao presidente russo Vladimir Putin seus elogios e assegurou que sempre sentiu que seu país e a Rússia deveriam trabalhar mais juntos.

"É uma grande honra receber elogios tão bons por parte de um homem tão respeitado em seu próprio país e além", disse Trump, que, apesar de suas polêmicas declarações, lidera com vantagem todas as pesquisas de intenções de voto para a indicação do Partido Republicano para a disputa a Casa Branca em 2016.

Fotomontagem
Pré-candidato republicano, Donald Trump (esq.), e o presidente da Rússia, Vladimir Putin
Pré-candidato republicano, Donald Trump (esq.), e o presidente da Rússia, Vladimir Putin

"Sempre senti que Rússia e EUA deveriam ser capazes de trabalhar bem juntos para derrotar o terrorismo e restaurar a paz no mundo, isso sem mencionar o comércio e todos os outros benefícios derivados do respeito mútuo" declarou.

RELAÇÃO AMISTOSA

Trump é uma exceção entre os pré-candidatos republicanos, pois sempre defendeu a aproximação dos EUA com a Rússia e mais de uma vez enalteceu a figura de Putin. Já outros pré-candidatos tacham o governante russo de autoritário e, inclusive, consideram que a Rússia representa um dos principais perigos para os EUA.

Na quinta (17), Putin elogiou Trump e o qualificou uma pessoa "muito brilhante" e um "líder absoluto" na corrida presidencial republicana nos EUA.

"É uma pessoa muito brilhante e de talento, sem dúvida alguma. Não é assunto nosso destacar suas qualidades, mas é o líder absoluto na corrida presidencial", afirmou Putin em sua entrevista coletiva anual.

Putin destacou que "Trump diz que quer ter outro nível de relações com a Rússia, relações mais sólidas e profundas". "Como não podemos receber bem isso? Naturalmente, nós o cumprimentamos", assinalou.

Putin manteve uma boa relação com o último presidente republicano, George W. Bush, especialmente após os atentados de 11 de Setembro.

Por outro lado, desde que Putin retornou ao Kremlin em 2012, suas relações foram especialmente frias com o atual chefe da Casa Branca, Barack Obama, que não escondeu sua preferência pela continuidade no Kremlin do atual primeiro-ministro, Dmitri Medvedev.


Endereço da página:

Links no texto: