Folha de S. Paulo


Autores de ataque na Califórnia treinavam tiro ao alvo, afirma polícia

Autoridades dos EUA disseram que o homem e a mulher acusados de serem os autores do ataque que matou 14 pessoas na Califórnia na semana passada estavam "radicalizados havia algum tempo" e praticavam tiro ao alvo.

Nesta segunda-feira (7), o diretor assistente do FBI (polícia federal americana) em Los Angeles, David Bowdich, disse que o americano Syed Rizwan Farook e sua mulher, a paquistanesa Tashfeen Malik, fizeram um planejamento prévio extenso, mas não deu detalhes.

"Com o avanço da investigação, descobrimos que ambos estavam radicalizados havia algum tempo. Como isso aconteceu, por quem [eles foram radicalizados] e por que ainda não sabemos", afirmou Bowdich.

"Talvez não haja quem [os tenha radicalizado]. Pode ter sido pela internet, como ocorre com frequência."

O diretor do FBI deu a declaração em resposta a questionamentos levantados sobre a possibilidade de Malik ter sido a mentora do ato.

Na semana passada, autoridades disseram que ela teria prometido lealdade ao Estado Islâmico usando um pseudônimo no Facebook.

Bowdich disse que há evidências de que Farook e Malik praticavam tiro ao alvo na região metropolitana de Los Angeles, inclusive dias antes do ataque.

Os dois morreram durante a perseguição policial, horas depois do atentado durante uma confraternização de Natal, em um centro comunitário no condado de San Bernardino.

A investigação apontou a posse de 19 aparatos que poderiam ser usados para a construção de explosivos, e não 12, como inicialmente reportado.

As armas usadas no ataque foram compradas legalmente, mas duas delas por uma terceira pessoa, e as autoridades querem entender como chegaram às mãos de Farook.

Bowdich voltou a dizer que investigação é de larga escala e levará tempo. Segundo ele, já foram conduzidas 400 entrevistas e colhidas 320 provas, além da atuação internacional do FBI.


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