Folha de S. Paulo


Homem esfaqueia e fere três pessoas em estação do metrô de Londres

Leytonstone

Um homem esfaqueou e feriu três pessoas na noite deste sábado (5) na estação Leytonstone do metrô de Londres. A polícia trata o caso como terrorismo porque o autor teria dito que fez a ação devido à intervenção na Síria.

Segundo a polícia, a primeira vítima foi atingida com uma faca no pescoço. Devido à profundidade do corte, formou-se uma poça de sangue ao lado do homem atacado. Ele ainda feriu de forma leve outras duas pessoas.

Oito minutos depois da primeira ação, ele foi contido pela polícia, com o uso de pistolas de choque. Agentes com armas de fogo chegaram a ser enviados à estação, mas não precisaram ser acionados.

Testemunhas afirmam que o autor dos ataques teria agido em protesto contra os bombardeios britânicos à Síria, mas os policiais não fizeram comentários sobre as informações obtidas pela imprensa britânica.

A Polícia Metropolitana de Londres investiga o caso como terrorismo, mas pediu calma, cuidado e atenção à população. "A ameaça continua em nível severo, o que significa que a probabilidade de um ataque terrorista é alta", afirmou o comandante da divisão antiterrorismo da polícia, Richard Walton.

A ação acontece três dias depois que o Parlamento britânico aprovou a ação das Forças Armadas na Síria, como forma de combater o Estado Islâmico. O primeiro ataque aéreo ocorreu na quinta (3).

Para conseguir a aprovação dos ataques, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, usou como justificativa o apoio à França, que em 13 de novembro sofreu ataques reivindicados pela facção que deixaram 130 mortos.

Os parlamentares derrubaram a medida que impedia a entrada no conflito, colocada em 2013. Na época, Cameron tentou votar uma intervenção militar na Síria devido ao ataque de armas químicas à periferia de Damasco.

Para o Ocidente, a ação teria sido executada pelo regime do ditador Bashar al-Assad. A moção foi rejeitada pelos parlamentares, em especial devido ao temor de que a ação militar na Síria tivesse efeito similar à participação na guerra no Iraque, criticada pela sociedade britânica.


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