Folha de S. Paulo


Brasil pede investigação sobre assassinato de opositor venezuelano

O governo brasileiro manifestou, nesta sexta (27), sua consternação e condenação ao assassinato do político opositor venezuelano Luis Manuel Díaz.

Secretário do partido Ação Democrática, Díaz foi morto na quarta (25) durante um evento de campanha em Altagracia de Orituco (a 124 km de Caracas). Em 6 de dezembro, a Venezuela celebra eleições parlamentares.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores pediu investigações sobre o caso e afirmou que "é da responsabilidade das autoridades venezuelanas zelar para que o processo eleitoral que culminará com as eleições no dia 6 de dezembro transcorra de forma limpa e pacífica, de modo a permitir que o povo venezuelano exerça com tranquilidade seu dever cívico e tenha plenamente respeitada sua vontade soberana".

Federico Parra/AFP
Pedestres passam em frente a grafite que retrata Hugo Chávez e Nicolás Maduro, em Caracas
Pedestres passam em frente a grafite que retrata Hugo Chávez e Nicolás Maduro, em Caracas

Segundo o presidente Nicolás Maduro, a morte foi um acerto de contas entre quadrilhas. Ele criticou quem qualificou o assassinato como crime político.

Em entrevista à Folha, Jesus Torrealba, secretário-geral da coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática), disse que o assassinato "ecoa as agressões e a retórica lançadas pelo mais alto escalão do governo, que vive provocando e estimulando a violência", e que o Brasil é essencial para monitorar as eleições de dezembro.

A morte do dirigente opositor também já foi condenada pelos Estados Unidos, pela Espanha, pela Unasul e pela OEA (Organização dos Estados Americanos).


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