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Bélgica procura homem que pode ter levado terrorista foragido a Paris

Divulgação/Police Fédérale Belge
Mohamed Abrini, 30, que pode ter levado Salah Abdesalam a Paris para os atentados Crédito: Divulgação/Police Fédérale Belge
Mohamed Abrini, 30, que pode ter levado Salah Abdeslam a Paris para os atentados de 13 de novembro

A Bélgica emitiu nesta terça-feira (24) um mandado de prisão internacional para Mohamed Abrini, 30, suspeito de envolvimento nos atentados terroristas de Paris que deixaram 130 mortos no dia 13 de novembro.

Segundo autoridades belgas, Abrini foi visto com Salah Abdeslam –o homem que teria alugado um carro utilizado nos ataques e irmão de Brahim, um dos suicidas que morreram nos atentados– num posto de gasolina na cidade de Ressons, no norte da França, perto de uma estrada que leva a Paris, dois dias antes dos atentados.

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Mohamed Abrini, 30, que pode ter levado Salah Abdeslam a Paris para os atentados Crédito: Divulgação/Police Fédérale Belge
Imagens de Abrini captadas pela câmera do posto de gasolina em Ressons, no norte da França

De acordo com a polícia, ele dirigia o Renault Clio que foi utilizado nos ataques. Abrini é procurado pela Bélgica e pela França.

Abrini é descrito como "perigoso e provavelmente armado". A Bélgica pede que cidadãos não tentem contê-lo por conta própria, mas que chamem a polícia.

ACUSADOS

As autoridades da Bélgica também deram detalhes sobre dois outros acusados de terrorismo.

Segundo o procurador do Estado belga, os dois novos acusados são um cidadão francês identificado como Ali O., 31, morador de Molenbeek –bairro de Bruxelas com forte presença muçulmana– que teria ido buscar Abdeslam após Mohammed Amri e Hamza Attou o trazerem para solo belga, e Lazez A., marroquino de 31 anos preso na última semana e também morador de Molenbeek. A polícia encontrou duas armas e traços de sangue em seu carro.

Além deles, também são acusados Amri e Attou. Os dois admitem ter levado Abdeslam de Paris a Bruxelas após os atentados, mas negam saber o que ele fazia na França.

Nesta terça, uma quinta pessoa –ainda não identificada– também foi acusada. Duas outras pessoas detidas junto com ela nesta segunda foram liberadas.


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