Folha de S. Paulo


Obama pede que líderes mundiais compareçam a conferência em Paris

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a líderes mundiais que compareçam à COP21, conferência do clima que acontece em Paris a partir do dia 30, apesar do receio provocado pelos ataques.

"Acho que é absolutamente vital para cada país, cada líder, mandar um sinal de que a maldade de um punhado de assassinos não impeça o mundo de seguir em frente com compromissos vitais", disse, em visita à Malásia.

O evento pode aprovar um acordo mundial para corte de emissões de gases do efeito-estufa.

Obama também disse neste domingo que seu país e aliados não cederão na luta para combater os extremistas do Estado Islâmico (EI) e que iriam caçar seus líderes e cortar o financiamento do grupo.

"Destruir [o Estado Islâmico ] não é apenas uma meta realista", disse ele a jornalistas após uma reunião de líderes asiáticos na Malásia.

"Vamos destruí-los. Vamos tomar de volta terras onde eles estão atualmente, retirar o seu financiamento, caçar liderança, desmantelar as suas redes, linhas de abastecimento e nós vamos destruí-los", afirmou.

Mohd Rasfan/AFP
US President Barack Obama waves during his departure at the Royal Malaysian Airforce base in Subang, outside Kuala Lumpur on November 22, 2015, after attending the 27th Association of South East Asian Nations (ASEAN) Summit. Southeast Asian leaders on November 22 symbolically declared the establishment by year-end of an EU-style regional economic bloc, but diplomats admitted it will be years before the vision of a single market can be realised. AFP PHOTO / MOHD RASFAN ORG XMIT: DFR016
Barack Obama encerra visita à Malásia ao embarcar no avião presidencial

Obama disse que "seria útil" se a Rússia direcionasse seu foco sobre o combate ao Estado Islâmico e que esperava que Moscou aceitasse uma transição de liderança na Síria, com a saída de Bashar al-Assad —aliado dos russos— do poder.

A estratégia de Obama para derrotar o EI tem sido duramente questionada desde o último dia 13, quando militantes da facção mataram 130 pessoas em ataques coordenados em Paris.

O líder americano classificou a milícia como "um bando de assassinos com uma boa rede social".

"[O EI] não pode nos derrotar no campo de batalha, por isso eles tentam nos aterrorizar, para que fiquemos com medo."

Outros líderes do Ocidente aumentaram a retórica belicista contra a facção neste domingo. O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, afirmou que o Ocidente iria "aniquilar o Estado Islâmico no mundo inteiro".


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