O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a líderes mundiais que compareçam à COP21, conferência do clima que acontece em Paris a partir do dia 30, apesar do receio provocado pelos ataques.
"Acho que é absolutamente vital para cada país, cada líder, mandar um sinal de que a maldade de um punhado de assassinos não impeça o mundo de seguir em frente com compromissos vitais", disse, em visita à Malásia.
O evento pode aprovar um acordo mundial para corte de emissões de gases do efeito-estufa.
Obama também disse neste domingo que seu país e aliados não cederão na luta para combater os extremistas do Estado Islâmico (EI) e que iriam caçar seus líderes e cortar o financiamento do grupo.
"Destruir [o Estado Islâmico ] não é apenas uma meta realista", disse ele a jornalistas após uma reunião de líderes asiáticos na Malásia.
"Vamos destruí-los. Vamos tomar de volta terras onde eles estão atualmente, retirar o seu financiamento, caçar liderança, desmantelar as suas redes, linhas de abastecimento e nós vamos destruí-los", afirmou.
Mohd Rasfan/AFP | ||
Barack Obama encerra visita à Malásia ao embarcar no avião presidencial |
Obama disse que "seria útil" se a Rússia direcionasse seu foco sobre o combate ao Estado Islâmico e que esperava que Moscou aceitasse uma transição de liderança na Síria, com a saída de Bashar al-Assad —aliado dos russos— do poder.
A estratégia de Obama para derrotar o EI tem sido duramente questionada desde o último dia 13, quando militantes da facção mataram 130 pessoas em ataques coordenados em Paris.
O líder americano classificou a milícia como "um bando de assassinos com uma boa rede social".
"[O EI] não pode nos derrotar no campo de batalha, por isso eles tentam nos aterrorizar, para que fiquemos com medo."
Outros líderes do Ocidente aumentaram a retórica belicista contra a facção neste domingo. O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, afirmou que o Ocidente iria "aniquilar o Estado Islâmico no mundo inteiro".