Folha de S. Paulo


Daniel Scioli reconhece derrota na eleição e deseja sorte a Mauricio Macri

O candidato governista argentino Daniel Scioli reconheceu neste domingo (22) a derrota para o opositor Mauricio Macri no segundo turno da eleição que definiu o sucessor da presidente Cristina Kirchner.

Em discurso em seu centro de militância por volta das 21h30 (22h30 em Brasília), Scioli disse que já parabenizou o novo presidente em telefonema minutos antes e desejou-lhe sorte em seus quatro anos na Casa Rosada.

"Optou-se pela alternância. Optou-se pela mudança. Que Deus ilumine o engenheiro Macri para que esta mudança seja superadora e importante para este país", disse o candidato governista.

Diferentemente de ocasiões recentes, Scioli mostrou-se calmo, falando pausadamente. Celebrou a alternância como algo próprio da democracia, mas pediu que as pessoas não se esqueçam das conquistas dos anos do kirchnerismo.

"Deixamos o país com as taxas mais baixa de desemprego e de endividamento. Uma Argentina de oportunidades, de cara para o futuro, com a ciência e a tecnologia como política de Estado", afirmou.

"Com meu companheiro de fórmula, colocamos todo o nosso esforço para convencer os argentinos de que éramos uma melhor opção. Defendi com muita convicção minhas ideias. Esperemos que Deus o ilumine [Macri] para melhorar o que avançamos."

Editoria de Arte/Folhapress
Eleições na Argentina - 2º Turno - Distribuição dos votos, por região

Depois do breve discurso, que realizou ao lado da mulher, Karina Rabolini e do candidato a vice, Carlos Zannini, Scioli retirou-se rapidamente do local. Havia gente chorando e abraçando-se, enquanto dobravam as bandeiras.

O candidato governista disse que pretende terminar seu mandato como governador de Buenos Aires, que se encerra em 10 de dezembro, e prometeu colaborar com a governadora eleita, María Eugenia Vidal, na transição.

Os apoiadores de Scioli haviam chegado desde cedo e se posicionaram na Praça de Maio. Perto dali, na praça ao lado do Obelisco, comemoravam alguns dos militantes de Mauricio Macri.

Com informações de São Paulo.


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