Folha de S. Paulo


Seis acusados por ataques em Beirute são presos

Autoridades libanesas prenderam cinco sírios e um palestino acusados de ligação com atentados suicidas que mataram pelo menos 43 pessoas no centro de Beirute na última quinta-feira (12), disse um funcionário do governo à agência de notícias Reuters.

Os ataques, ocorridos numa área residencial e comercial que é um bastião do Hizbullah –milícia xiita libanesa que luta ao lado do Exército do ditador sírio, Bashar al-Assad, na guerra civil no país vizinho– foram reivindicados pelo Estado Islâmico.

O EI e o Hizbullah, que tem apoio e financiamento do Irã, estão em lados opostos no conflito na Síria.

As forças de Assad, aliadas a soldados iranianos e membros da milícia libanesa, intensificaram os ataques a alvos sunitas, incluindo o EI, na sequência do início dos bombardeios da Rússia –principal potência aliada do ditador sírio– a posições do Estado Islâmico, no final de setembro.

As explosões em Beirute ocorreram quase simultaneamente na quinta à noite e atingiram um centro comunitário xiita e uma padaria no distrito de Borj Al-Barajneh. Um hospital gerido pelo Hizbullah também fica próximo do local dos ataques.

O líder da milícia xiita, Hassan Nasrallah, atribuiu diretamente ao EI a responsabilidade pelos ataques e advertiu seus seguidores do risco de atentados contra cidadãos sírios e palestinos.

Para Nasrallah, o objetivo dos radicais sunitas do Estado Islâmico, que consideram os xiitas "hereges", é semear a discórdia dentro do islã.

COMENTÁRIO SOBRE PARIS

O líder do Hizbullah também condenou os ataques em Paris nesta sexta-feira (13) –atribuídos ao Estado Islâmico, os atentados na capital francesa deixaram pelo menos 129 mortos e 352 feridos.

Segundo Nasrallah, a região do Oriente Médio, "sacudida pelo terremoto da barbárie do Daesh", sentiu mais que todas as outras a dor que os franceses estão experimentando agora.


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