Folha de S. Paulo


Catalunha pretende iniciar processo de secessão da Espanha

Jordi Boixareu/Xinhua
(150927) -- BARCELONA, septiembre 27, 2015 (Xinhua) -- Una bandera cuelga de un balcón durante las elecciones regionales, en Barcelona, España, el 27 de septiembre de 2015. De acuerdo con información de la prensa local, los residentes están convocados a votar en las elecciones regionales de Cataluña para elegir a los miembros del Parlamento catalán. (Xinhua/Jordi Boixareu/ZUMAPRESS) (da) (fnc)
Bandeira da Catalunha exposta em edifício de Barcelona, em setembro

Os independentistas da Catalunha pretendem declarar na segunda-feira (9) o início de um processo de secessão desta região do nordeste da Espanha e desobediência às instituições nacionais, elevando ao nível máximo o enfrentamento político com Madri.

Com maioria absoluta no Parlamento catalão após as eleições regionais de 27 de setembro, os partidos independentistas aprovarão na segunda-feira uma resolução para "declarar solenemente o início do processo de criação do Estado catalão independente em forma de república", que será proclamada em 2017.

O texto, contestado por toda a oposição, deverá ser debatido e aprovado a partir das 7h (Brasília) com o apoio da coalizão "Juntos por el Sí" (62 deputados) do presidente regional conservador Artur Mas e da esquerda anti-capitalista CUP (dez deputados).

Sua validade parece efêmera diante da já anunciada impugnação do governo espanhol do primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy.

"O imediatismo da atuação do governo será absoluto, nesta mesma semana será enviado o recurso ao Tribunal Constitucional", advertiu na sexta-feira sua vice-presidente, Soraya Sáenz de Santamaría.

A aceitação do recurso a trâmite por parte do tribunal implicaria a suspensão automática da resolução. O veredicto final será conhecido mais tarde, mas esta semana os juízes já insinuaram que, se aprovada, seria anulada.

A ação de Rajoy conta com a aprovação do partido socialista PSOE e do centro-liberal Ciudadanos, com quem se reuniu na semana anterior para forjar um pacto anti-secessão antes de embarcar na pré-campanha das eleições legislativas de 20 de dezembro.

Somente o partido de esquerda Podemos se distanciou, defendendo um referendo de autodeterminação para resolver este conflito, que marcará a campanha e a próxima legislatura.


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