Folha de S. Paulo


Palestino armado com faca é morto a tiros, diz polícia israelense

Forças de segurança israelenses mataram a tiros um palestino que correu em sua direção com uma faca na Cisjordânia neste sábado (31), disse a polícia, em meio a uma onda de violência que já dura um mês e não dá mostras de arrefecimento.

Uma porta-voz da polícia israelense disse que em um posto de controle no norte da Cisjordânia um palestino segurando uma faca correu em direção a um oficial de segurança, que pediu que ele parasse.

"Quando ele não atendeu ao pedido o oficial atirou em sua direção a fim de neutralizá-lo e, como resultado, o terrorista foi morto", disse a porta-voz Luba Samri. Autoridades médicas palestinas disseram que ele tinha 18 anos de idade.

O aumento da violência neste mês, a maior desde a guerra em Gaza em 2014, se deu, em parte, por conta das tensões religiosas e políticas envolvendo a mesquita al-Aqsa na Cidade Velha de Jerusalém, que é sagrada para muçulmanos e judeus.

Um número crescente de visitas por judeus à praça al-Aqsa –o local mais sagrado do Islã fora da Arábia Saudita e reverenciado no judaísmo como o local de dois templos bíblicos destruídos– levantou questionamentos palestinos de que Israel estaria violando um "status quo" sob o qual a oração não-muçulmana é banida no local.

Israel diz que tais alegações são falsas e que sua veiculação por autoridades palestinas e divulgação em mídias sociais árabes tem incitado a violência.

Desde o início da última agitação em 1º de outubro, pelo menos 65 palestinos foram mortos a tiros por israelenses. Do total, 38 estavam armados, principalmente com facas, disse Israel, enquanto outros foram alvejados durante violentos protestos anti-Israel. Muitos eram adolescentes.

Onze israelenses foram mortos em tiroteios e esfaqueamentos.


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