Folha de S. Paulo


Aliados de Santos perdem em eleições locais das grandes cidades da Colômbia

O partido do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, perdeu a eleição para as prefeituras de cinco das seis principais cidades do país nas eleições locais realizadas neste domingo (25).

Pelos resultados parciais divulgados até a conclusão desta edição, o Partido da Unidade Popular só foi vitorioso em Barranquilla, no extremo oeste colombiano.

Mauricio Dueñas/Efe
Juan Manuel Santos, na última quinta (23); presidente da Colômbia perde eleição regional no país
Juan Manuel Santos, na última quinta (23); presidente da Colômbia perde eleição regional no país

Em Bogotá, volta ao cargo Enrique Peñalosa, prefeito conhecido por ter mudado a capital entre 1998 e 2000. Ele põe fim a 12 anos de governo da esquerda, desgastada devido à administração do ex-guerrilheiro Gustavo Petro.

A candidata de Petro, Clara López, ficou em terceiro lugar, atrás de Enrique Pardo, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. O primo de Juan Manuel Santos, Francisco, ficou na quarta posição.

Os candidatos governistas também não ficaram entre os dois primeiros colocados em Medellín, Cali e Bucaramanga. Em Pereira, o candidato de Santos perdeu para o Partido Liberal, de Uribe.

Na disputa pelos departamentos (Estados), porém, Santos ganhou em 16 de 28 departamentos. Dentre eles, estão algumas das áreas pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Nas cidades mais conflagradas pelo conflito, os liberais venceram os governistas. As negociações com a guerrilha são a principal bandeira do partido de Santos.

Em setembro, as duas partes anunciaram acordo para a criação de um tribunal especial para julgar guerrilheiros, militares e paramilitares.

O ceticismo de quase metade da população colombiana com o fim do conflito, porém, pode ter se demonstrado nas urnas desta vez.

INCIDENTES

Durante a votação, um militar foi morto em Anorí, no departamento de Antioquia, em confronto com membros da guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN).

As autoridades ainda apreenderam de 1,8 bilhão de pesos (R$ 2,39 milhões) usados para comprar votos.


Endereço da página:

Links no texto: