Aviões russos teriam bombardeado nesta sexta-feira (2) bases da facção terrorista Estado Islâmico (EI) na província de Homs e perto de Palmira, cidade histórica atualmente sob o controle dos extremistas, segundo fontes da Efe.
A informação não foi confirmada por outras agências de notícias.
O governador de Homs, Talal al Barazi, disse por telefone à Efe que a aviação russa bombardeou um depósito de armas e uma base do EI em Al Qariatain, assim como um comboio dos extremistas na estrada que liga Palmira à cidade de Al Sujna.
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdul Rahman, também confirmou à agência por telefone um ataque em Al Qariatain de aviões "que provavelmente eram russos".
O OSDH não tem informações sobre mortos e feridos até o momento. No entanto, Barazi estima que os mortos podem chegar a 20.
Em meados de maio, o EI lançou uma ofensiva no leste de Homs, onde assumiu o controle de várias cidades, entre elas Palmira, cujas ruínas greco-romanas são classificadas como Patrimônio Mundial da Unesco.
Em agosto, os extremistas tomaram Al Qariatain, situada ao sudoeste de Palmira, onde sequestraram mais de 200 cristãos. Desde então, o paradeiro das vítimas é desconhecido.
OFENSIVA RUSSA
Esta sexta (2) marca o terceiro dia de bombardeios da Força Aérea da Rússia, aliada do regime do ditador Bashar al-Assad, no território sírio.
Desde quarta (30), o alvo dos aviões russos foram áreas do norte de Homs, das províncias de Hama, no centro, e Idlib, no norte.
Ativistas e opositores denunciaram que durante os dois primeiros dias de ataques russos os alvos foram civis e organizações rebeldes, como o Exército Livre Sírio (ELS) e o Exército do Fatah, apesar de Moscou e Damasco terem afirmado que os bombardeios foram sobre alvos do EI.