Folha de S. Paulo


Rússia diz que bombardeios na Síria vão durar '3 ou 4 meses'

O presidente da comissão de Relações Exteriores da Duma (equivalente russo à Câmara dos Deputados), Alexei Pushkov, disse nesta sexta-feira (2) que os bombardeios da Rússia na Síria devem durar "três ou quatro meses". No entanto, segundo ele, ainda há risco que a operação fique estagnada.

"Há um risco de estagnação, mas em Moscou falamos de três ou quatro meses de operação", disse Pushkov à rádio francesa Europe 1. Segundo Pushkov, que é uma figura próxima do presidente Vladimir Putin, é a intensidade dos ataques, não sua duração, que deve ser levada em consideração.

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"A coalizão americana realizou bombardeios durante um ano, mas sem resultados. No entanto, se as operações forem feitas de maneira eficaz, os resultados chegarão", considerou.

De acordo com Pushkov, "apenas 20% dos bombardeios americanos obtiveram resultados", já que "80% deles não atingiram as bases" da facção Estado Islâmico. Ele disse que a Rússia não coordenou os ataques com os EUA devido à resistência dos americanos.

Rússia ataca Síria

Ainda assim, segundo Pushkov, nesta segunda (2), representantes das Forças Armadas de EUA e Rússia devem entrar em contato para negociar algum tipo de coordenação.

Putin foi recebido nesta sexta (2) em Paris pelo presidente francês, François Hollande, que na quinta (1º) à noite lembrou ao governo de Moscou que "é preciso bombardear na Síria o Estado Islâmico (EI), não os outros". O chanceler russo negou que os ataques russos tenham como alvo a oposição a Assad.


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