Folha de S. Paulo


John McCain afirma que Rússia atacou rebeldes sírios apoiados pelos EUA

O senador republicano e ex-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos John McCain disse nesta quinta-feira (1º) que os primeiros ataques aéreos da Rússia na Síria, na quarta, tiveram como alvo combatentes de um grupo rebelde apoiado pelos EUA.

"Eu posso confirmar absolutamente que foram ataques contra nossos recrutas do Exército Livre da Síria, que foram armados e treinados pela CIA, porque nós mantemos comunicações com pessoas ali", disse McCain, chefe do Comitê de Serviços Armados do Senado americano, em entrevista à emissora CNN.

Mark Wilson-29.ago.2012/France Presse
TAMPA, FL - AUGUST 29: U.S. Sen. John McCain (R-AZ) takes the stage during the third day of the Republican National Convention at the Tampa Bay Times Forum on August 29, 2012 in Tampa, Florida. Former Massachusetts Gov. Former Massachusetts Gov. Mitt Romney was nominated as the Republican presidential candidate during the RNC, which is scheduled to conclude August 30. Mark Wilson/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
O senador John McCain discursa na convenção republicana na cidade de Tampa, na Flórida

A Rússia mudou o panorama da guerra civil na Síria ao realizar 20 ataques aéreos nesta quarta-feira em favor do regime do ditador Bashar al-Assad, sob a justificativa de conter o avanço da facção radical Estado Islâmico, que controla partes da Síria e do Iraque.

Nesta quinta-feira, o Kremlin admitiu ter como alvo "uma lista" de grupos radicais, além do EI, os quais são "escolhidos em coordenação" com o regime de Assad.

O regime sírio considera terroristas grupos de oposição, incluindo aqueles apoiados pelo Ocidente.

A participação da Rússia na guerra síria aprofunda a crise entre Moscou e o Ocidente, que já vinha se agravando com o apoio do Kremlin a separatistas no Leste da Ucrânia e com a anexação da península da Crimeia, em março de 2014.

A guerra civil na Síria já deixou mais de 250 mil mortos e forçou o deslocamento de 11 milhões de pessoas desde 2011.

Veja vídeo


Endereço da página:

Links no texto: