Milhares de pessoas participaram neste sábado (26) de um protesto na Cidade do México que marcou um ano da tragédia de Ayotzinapa, na qual 43 estudantes desapareceram e seis pessoas foram mortas em Guerrero.
Segundo ativistas, a mobilização serve como pressão para que o caso seja esclarecido e seus responsáveis levados à Justiça. De todos os estudantes sequestrados, apenas dois corpos chegaram a ser encontrados e identificados.
Nos últimos anos, houve um salto no número de desaparecidos no país, que ultrapassam 25 mil.
Na manifestação deste sábado, diversas pessoas empunhavam bandeiras do México em que as cores verde, branco e vermelho eram substituídas por preto e branco, como demonstração de luto.
Na quinta-feira (24), o presidente Enrique Peña Nieto se reuniu com familiares dos estudantes e disse que designaria um procurador especial para o caso.
Recentemente, foi aberta uma nova linha de investigação sobre o desaparecimento, baseada em relatório entregue ao governo por especialistas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA).
O informe listou irregularidades na investigação, como uso de tortura na obtenção de depoimentos e destruição de provas. Acusado pelo texto de não atuar de modo ágil, o governo prometeu dar atenção às denúncias.