Folha de S. Paulo


Após anúncio da Venezuela, Uruguai não confirma reunião da Unasul

O governo do Uruguai, país que está na presidência rotativa da Unasul, disse nesta terça (15) que não há um "anúncio consolidado" sobre uma reunião de líderes do bloco sobre a crise entre Colômbia e Venezuela.

A declaração veio horas depois de a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, anunciar que os chefes de Estado da Unasul se reuniriam na próxima segunda (21) -sem especificar o local.

A proposta oficial da reunião da Unasul teria sido da Argentina.

Inicialmente, a Colômbia se mostrava reticente à mediação da Unasul e, nesta terça, o presidente Juan Manuel Santos disse que só se reunirá com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, "se houver vontade de solucionar os problemas".

"Não quero me reunir para fazer uma foto. Quero me reunir para encontrar soluções de forma civilizada, respeitosa", disse Santos, em Paraguachón, na fronteira com a Venezuela. Ele se disse "atento às gestões" dos demais países e blocos da região.

Segundo o jornal colombiano "El Tiempo" não houve consenso entre os membros da Unasul para a convocação de uma reunião do bloco.

No fim de semana, as chanceleres dos dois países se encontraram em Quito, na presença dos ministros de Relações Exteriores do Equador e do Uruguai. O encontro terminou sem decisões.

No dia 20 de agosto, Maduro determinou o fechamento da principal passagem fronteiriça entre os dois países.

A operação é parte de um pacote de medidas drásticas anunciadas pelo presidente venezuelano em resposta a um ataque atribuído a milicianos colombianos que feriu três soldados venezuelanos na fronteira.

Maduro ordenou o fechamento de vários postos de passagem na fronteira, decretou estado de exceção na região e enviou 1.500 soldados para a área.

Desde o último domingo (13), a Colômbia disse ter registrado pelo menos duas violações de seu espaço aéreo por aviões militares venezuelanos.


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