A pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton pediu desculpas pela primeira vez e admitiu ter errado ao usar um servidor privado para enviar e-mails de trabalho na época em que chefiava a diplomacia dos EUA.
A controvérsia arranhou a credibilidade da ex-secretária de Estado e fez sua popularidade cair nas pesquisas de opinião entre democratas.
"Aquilo foi um erro. Lamento. Eu me responsabilizo", disse Hillary à rede de TV ABC News, em entrevista programada para ser transmitida na noite desta quinta (8).
Hillary continua liderando com folga a corrida pela candidatura democrata, mas a dianteira que tinha em relação ao segundo colocado, Bernie Sanders, encolheu.
Diante da queda, assessores insistiam para que Hillary admitisse o erro de forma mais enfática, mas ela continuava atribuindo a polêmica a uma "fixação da imprensa".
Na segunda (8), Hillary voltara a afirmar, em entrevista à agência Associated Press, que não via motivos para se desculpar e que não fizera nada de ilegal, já que os e-mails enviados com seu servidor privado não continham dados sigilosos. Um dia depois, porém, ela decidiu pedir desculpas explicitamente.
NOVA ESTRATÉGIA
Assessores de Hillary esperam que a decisão detenha a perda de credibilidade da pré-candidata. Os principais jornais do país falam nesta terça (8) de uma mudança na estratégia de campanha da ex-secretária de Estado, com o objetivo de consolidá-la como melhor opção democrata para suceder Barack Obama.
Segundo o "Washington Post", entre os elementos dessa "nova Hillary" estão um comportamento mais humilde em relação à polêmica dos e-mails e atitude agressiva em relação ao líder dos pré-candidatos republicanos, o bilionário Donald Trump.
De fato, as sondagens mostram que há o que consertar. Segundo a mais recente, da Universidade Monmouth, a porcentagem de democratas inclinados a votar em Hillary caiu de 60%, em abril, para 42%. Ela ainda está 20 pontos à frente de Sanders, mas em julho a diferença era de 34.