Folha de S. Paulo


Facção Estado Islâmico explode três torres funerárias de Palmira

A facção radical Estado Islâmico (EI) explodiu três das famosas torres funerárias da cidade antiga de Palmira, na Síria, anunciou à agência de notícias AFP o diretor do Departamento de Antiguidades da Síria, Mamun Abdelkarim.

"Explodiram três das torres funerárias, as que estavam em melhor estado de conservação, as mais belas", disse o diretor.

O novo ataque contra o patrimônio histórico acontece poucos dias depois de a milícia destruir dois templos de Palmira.

Sandra Auger/Reuters
A view shows tower tombs in the Valley of Tombs, west of the historical city of Palmyra, Syria, August 4, 2010. Satellite images have confirmed the destruction of the Temple of Bel, which was one of the best preserved Roman-era sites in the Syrian city of Palmyra, a United Nations agency said, after activists said the hardline Islamic State group had targeted it. The Syrian Observatory for Human Rights monitoring group and other activists said on August 30, 2015 that Islamic State had destroyed part of the more than 2,000-year-old temple, one of Palmyra's most important monuments.Picture taken August 4, 2010. REUTERS/Sandra Auger REUTERS/Sandra Auger ORG XMIT: SAA31
Foto de arquivo mostra torres funerárias de Palmira, destruídas pelo EI

"Havíamos recebido informações há 10 dias, mas acabamos de confirmar a informação. Conseguimos imagens de satélite do Syrian Heritage Initiative, um instituto com sede nos Estados Unidos, que foram feitas em 2 de setembro", afirmou Abdelkarim.

De acordo com o diretor, as torres atacadas são as famosas tumbas de Elahbel, de Jamblique e de Khitot, "construídas por famílias ricas da antiga Palmira e que simbolizavam o desenvolvimento econômico da cidade nos primeiros séculos da nossa era".

O EI assumiu o controle de Palmira, a 205 km ao leste de Damasco, em 21 de maio, depois de expulsar as forças leais ao regime sírio, o que provocou um grande temor sobre o futuro do patrimônio histórico da região.

O grupo radical já destruiu várias joias arqueológicas nos territórios que ocupa no Iraque e na Síria. Os milicianos consideram as obras religiosas pré-islâmicas, principalmente as estátuas, peças de idolatria.

Em 23 de agosto, o EI destruiu completamente o templo de Baal Shamin em Palmira.

Também em agosto, o grupo decapitou e mutilou o arqueólogo Khaled al-Assad, de 82 anos, que foi o diretor durante 40 anos do sítio arqueológico de Palmira.

No domingo (30), o EI destruiu o templo de Bel em Palmira.

ESTADO ISLÂMICO destrói ruínas da antiga PalmiraMilitantes do EI explodiram o templo de Baal Shamin em Palmira

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