Folha de S. Paulo


Estado Islâmico explode templo antigo em Palmira

Joseph Eid/AFP
ILES - A picture taken on March 14, 2014 shows the Temple of Baal Shamin seen through two Corinthian columns in the ancient oasis city of Palmyra, 215 kilometres northeast of Damascus. Islamic State group jihadists on August 23, 2015 blew up the ancient temple of Baal Shamin in the UNESCO-listed Syrian city of Palmyra, the country's antiquities chief told AFP.
Foto de março de 2014 mostra, entre duas colunas, o tempo de Baal-Shamin, em Palmira

Militantes do Estado Islâmico explodiram neste domingo (23) o templo da era romana de Baal-Shamin, um dos locais mais importantes da antiga cidade de Palmira, na Síria, informou o responsável pelo departamento de patrimônio histórico da Síria, Maamoun Abdul Karim.

É a primeira vez que o EI danifica ruínas do período romano em Palmira. Em junho, a milícia explodiu dois antigos santuários da cidade, considerados pagãos pelos militantes. No mês seguinte, demoliu a famosa estátua do Leão de al-Lat ("deusa-mãe de Palmira"), que ficava na entrada do museu local.

"Nós temos dito repetidamente que a próxima fase será de aterrorizar pessoas e que, quando eles tivessem tempo, começariam a destruir os templos", disse Abdul Karim à agência Reuters.

"Estou vendo Palmira ser destruída em frente aos meus olhos", afirmou Abdul Karim. "Deus nos ajude nos próximos dias."

Há uma semana, militantes decapitaram Khaled Asaad –arqueólogo de 82 anos que trabalhou por mais de 50 anos no setor de antiguidades em Palmira–, depois de interrogá-lo por mais de um mês.

Antes do domínio da cidade pelo EI, autoridades sírias disseram que levaram centenas de estátuas antigas para locais seguros, preocupados com o fato de que as peças poderiam ser destruídas.

De acordo com Abdul Karim, o EI também começou a fazer escavações para buscar ouro e está dando licenças para a atividade ilegal na cidade síria.


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