Folha de S. Paulo


Sobe para 121 o número de mortos nas explosões em armazém na China

A descoberta de outros cinco corpos na área do porto de Tianjin (norte da China) elevou para 121 o número de mortos nas duas explosões no último dia 12 em um armazém de produtos tóxicos, informou neste sábado a agência oficial Xinhua.

Entre os mortos há 67 bombeiros e sete policiais que tentavam conter os incêndios causados pela primeira das explosões quando foram atingidos pela segunda. Ainda há outros 60 desaparecidos, segundo dado desta sexta-feira (21).

Equipes continuam com a tarefa de limpar a região destruída do porto do norte da China, de onde foram retiradas 200 das 700 toneladas de cianureto de sódio altamente tóxico que permaneciam ali.

Também foram extraídas 3.060 toneladas de água contaminada, que ficou na cratera da "marco zero" da explosão, segundo informou o assistente de prefeito de Tianjin, Wang Hongjiang.

Jin Liwang/Xinhua
Bombeiros apagam incêndio causado pela explosão em Tianjin, no norte de China
Bombeiros apagam incêndio causado pela explosão em Tianjin, no norte de China

O "número dois" do governo municipal assinalou que após as explosões se interrompeu a provisão de água na região, para prevenir que a contaminação afetasse à população, entre a qual ainda há medo das consequências ambientais do acidente.

Apesar disso, o chefe da equipe de controle ambiental de Tianjin, Deng Xiaowen, garantiu nesta sexta-feira que o nível de partículas poluentes na atmosfera na região da explosão diminuiu e é similar ao de outras áreas da cidade.

O analista negou, por outra parte, que a aparição de milhares de peixes no rio Hai, que passa pela cidade, se deva à catástrofe da semana passada, e atribuiu esse fenômeno ao déficit de oxigênio nessas águas fluviais.

Por causa do acidente, 275 empresas locais que manejam mercadorias perigosas foram auditadas, e se descobriu que 70 delas apresentavam riscos potenciais, razão pela qual suas operações foram suspensas.


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