Jean-Marie Le Pen, 87, líder histórico da extrema-direita francesa, foi excluído nesta quinta-feira (20) da Frente Nacional, partido que fundou e dirigiu por cerca de 40 anos.
O anúncio foi feito pelo próprio partido. "A decisão completa será notificada em breve ao senhor Le Pen", diz o comunicado.
O ex-dirigente foi submetido a um procedimento disciplinar após fazer declarações polêmicas, racistas e antissemitas, informou a Frente Nacional, dirigida desde 2011 por Marine Le Pen, filha de Jean-Marie.
Sua exclusão foi adotada pela maioria dos membros do conselho executivo após audiência à qual Marine não participou, alegando conflito de interesse.
| Jean Sebastien Evrard - 10.abr.2015/AFP | ||
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| Montagem feita em abril mostra Jean-Marie Le Pen e sua filha Marine |
"Os membros do bureau executivo defenderam o interesse superior do movimento diante de um comportamento cada vez mais hostil e prejudicial", estimou Marine Le Pen, assinalando uma "saída" lógica para alguém que "multiplicou seus erros".
CRISE FAMILIAR
Esta expulsão definitiva acontece cinco meses depois do início da crise entre pai e filha.
Desde que assumiu o comando da FN, Marine começou a se distanciar das posições mais extremas, apesar de manter o discurso nacionalista e contrário à imigração.
Le Pen, que em 2002 chegou ao segundo turno da eleição presidencial, reagiu à expulsão. "Sinto-me vítima de uma emboscada", disse ao canal I-Téle.
Ele anunciou que recorrerá à Justiça.