Folha de S. Paulo


EUA pedem que Venezuela reveja proibição de candidaturas da oposição

O governo dos EUA pediu às autoridades da Venezuela que reconsiderem a decisão de inabilitar vários políticos opositores candidatos à eleição parlamentar de dezembro, entre os quais María Corina Machado, deputada mais votada no último pleito legislativo, em 2010.

"Estas decisões claramente têm a intenção de complicar a capacidade de a oposição apresentar candidatos e limitar o espectro de candidatos", disse o Departamento de Estado em comunicado.

A diplomacia americana também cobrou a presença de observadores internacionais em dezembro.

Federico Parra - 15.jul.2015/AFP
María Corina Machado discursa a aliados em Caracas em 15 de julho
María Corina Machado discursa a aliados em Caracas em 15 de julho

A Controladoria-Geral da República alegou que Machado cometeu irregularidades em sua declaração de imposto de renda, possivelmente relacionadas a tíquetes-alimentação, cujo valor individual é de uma fração de dólar na cotação paralela.

Machado já havia sido destituída de seu cargo de deputada em 2014, por ter aceitado participar de uma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) como representante do Panamá, país que buscava lhe dar apoio simbólico.

Aliados de Machado dizem que o governo a ataca por temer que ela repita a alta votação obtida há cinco anos.

Supostas irregularidades financeiras também foram a justificativa para barrar as candidaturas opositoras do ex-governador do Estado de Zulia, Pablo Pérez, do ex-prefeito de San Diego de Carabobo Enzo Scarano e da ex-prefeita de Guasdalito Lumay Barreto.

Outro opositor impedido de se candidatar à Assembleia Nacional é o ex-prefeito de San Cristóbal Daniel Ceballos, que está preso há mais de um ano sob acusação de ter instigado violentos protestos antigoverno.


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