Folha de S. Paulo


Ex-chefe de segurança da presidência do Burundi é morto em ataque

Homens armados vestindo uniformes militares mataram a tiros, neste domingo (2), um ex-chefe de segurança de Burundi, próximo ao presidente Pierre Nkurunziza, informou o governo. Nkurunziza pediu calma depois do ataque, condenado pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Mais tarde, disparos foram ouvidos ao norte de Bujumbura, capital do país.

O general Adolphe Nshimirimana, que já foi responsável pela segurança do presidente, foi morto dentro do carro com três guarda-costas no distrito de Kamenge, disseram testemunhas.

Quatro homens uniformizados atiraram várias vezes contra o carro e fugiram por volta das 8h (horário local). "Eles vieram em um caminhão militar e voltaram para o mesmo veículo", contou um taxista.

Nkurunziza disse que a segurança deve ser reforçada para prevenir futuras mortes e pediu aos burundianos que "não caiam na armadilha da vingança".

Burundi vive o caos desde abril, quando Nkurunziza anunciou que iria disputar um terceiro mandato, algo que seus oponentes consideraram violação da constituição e do acordo de paz.

É a maior crise do país desde o fim de uma longa guerra civil entre os grupos étnicos Hutu e Tutsi, em 2006, que deixou centenas de milhares de mortos.

A violência dos últimos meses deixou pelo menos cem mortos e levou mais de 170 mil pessoas a se refugiarem em países vizinhos, segundo a Organização das Nações Unidas.


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