Um tribunal egípcio adiou deste domingo (2) para 29 de agosto o veredicto do novo julgamento de três jornalistas da emissora Al Jazeera, que foram condenados a sentenças de 7 a 10 anos de prisão, o que provocou muitos protestos internacionais.
Detidos em dezembro de 2013, o australiano Peter Greste, o canadense Mohamed Fahmy e o egípcio Baher Mohamed são acusados de "divulgar informações falsas" para apoiar a Irmandade Muçulmana, organização do ex-presidente islamita Mohamed Mursi, destituído pelas Forças Armadas em 2013.
Em junho de 2014, no primeiro julgamento, Fahmy e Greste foram condenados a sete anos de prisão e Mohamed, a 10 anos.
Mas a Corte de Cassação anulou as condenações dos jornalistas e ordenou um novo julgamento.
"A falta de respeito ininterrupta aos nossos direitos não têm precedentes", escreveu Fahmy no Twitter.
Em 12 de fevereiro, no início do novo julgamento, Fahmy e Mohamed receberam liberdade condicional depois de passar de mais de 400 dias na prisão.
Greste está sendo julgado à revelia. No dia 1º de fevereiro, ele foi expulso do país por decreto presidencial e retornou à Austrália.