Folha de S. Paulo


Chanceler alemã deve se candidatar à reeleição para quarto mandato, diz revista

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no poder desde 2005, deve se candidatar à reeleição em 2017, para o que seria seu quarto mandato, informa neste sábado a revista "Der Spiegel".

De acordo com a publicação, a própria chefe do governo e líder da União Democrata-Cristã (CDU) e o secretário-geral do partido, Peter Tauber, já preparam uma equipe para essa nova campanha eleitoral.

Michael Kappeler/Reuters
Angela Merkel conversa com o presidente dos EUA, Barack Obama, no castelo de Elmau, na Alemanha, durante as reuniões do G7
Angela Merkel conversa com o presidente dos EUA, Barack Obama, no castelo de Elmau, na Alemanha, durante as reuniões do G7

O objetivo da chanceler é que a campanha pela reeleição seja comandada pelo próprio núcleo da CDU, em vez de assessores externos, e inclusive já começaram a ser contactados os primeiros voluntários.

A revista afirma que Merkel abordou a questão com Horst Seehofer, líder da União Social-Cristã da Baviera (CSU), partido parceiro da CDU que tradicionalmente não apresenta uma candidatura própria à Chancelaria, mas acompanha a do partido matriz.

De acordo com "Der Spiegel", Merkel pode anunciar a decisão no início de 2016 e, segundo parece, ainda não está definido se pretenderá acabar esse quarto mandato, caso consiga a reeleição.

Merkel chegou à Chancelaria após ganhar as eleições antecipadas de 2005 convocadas pelo chanceler social-democrata Gerhard Schröder, imerso em uma situação de desgaste após a implantação das impopulares reformas estruturais contidas em sua "Agenda 2010".

No primeiro mandato, Merkel liderou uma grande coalizão com os social-democratas. No segundo, retornou ao formato de uma aliança com seu parceiro natural, o Partido Liberal, e nessa terceira governa novamente com o SPD.

O recorde de permanência na Chancelaria alemã é do patriarca da CDU, Helmut Kohl, que governou durante 16 anos —de 1 de outubro de 1982 a 26 de outubro de 1998— até ser derrotado por Schröder.


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