Folha de S. Paulo


Policial branco que matou homem negro em Ohio se declara inocente

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Ray Tensing, 25, policial branco de Ohio que atirou em um homem negro em uma blitz, ato classificado por procuradores como "sem sentido e movido por raiva", declarou-se inocente por homicídio nesta quinta (30).

Em breve audiência transmitida pela TV, um juiz estipulou fiança de US$ 1 milhão por sua liberdade. Tensing saiu da corte algemado e vestindo uniforme de presidiário preto e cinza.

O Departamento de Polícia do condado de Hamilton informou em seu site que Tensing deixou a prisão às 18h45 (horário local, 19h45 em Brasília) após pagar a parte da fiança, e também explicou que o acusado esteve "sob vigilância para evitar suicídio" durante o tempo que passou atrás das grades.

O agente, que atuava como policial na Universidade de Cincinnati, inicialmente alegou que atirou depois que Sam DuBose tentou fugir em seu carro e o arrastou com ele.

Porém, câmeras acopladas ao seu uniforme mostram que Tensing não esteve em perigo em nenhum momento.

Os procuradores questionaram por que o policial tentou impedir DuBose de ir embora já que ele "não estava lidando com um suspeito de homicídio, mas apenas com alguém sem a placa do carro", disse o procurador Joseph Deters.

O vídeo mostra o policial se aproximando do carro e pedindo a DuBose sua carteira de motorista e os documentos do veículo. O homem calmamente questiona por que foi parado e diz que esqueceu a carteira em casa. Menos de dois minutos depois, DuBose pega as chaves do carro, e Tensing grita: "Pare! Pare!".

Uma arma aparece nas imagens, e DuBose se joga no assento de seu carro. O vídeo pula para o momento em que Tensing persegue o carro atirando. DuBose morreu imediatamente, segundo o procurador.


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