Folha de S. Paulo


Índia deve se tornar o país mais populoso do mundo em 2022, diz ONU

A Índia deverá ultrapassar a China e se tornar o país mais populoso do mundo em 2022, segundo relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira (29). Em 2013, a organização estimava que isso só fosse acontecer em 2028.

Pelas projeções do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, a China tem 1,38 bilhão de habitantes neste ano, contra 1,31 bilhões da Índia. Em sete anos, os dois países deverão empatar em 1,4 bilhão.

Segundo os demógrafos, a população indiana continuará crescendo nas próximas décadas, chegando a 1,7 bilhão em 2050. Na época, o crescimento populacional chinês será negativo, depois de ter estagnado em 2030.

Editoria Mundo

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Apesar da diminuição na China, a previsão é que a população mundial continue crescendo. A expectativa é que se atinja 9,7 bilhões em 2050, crescimento estimulado principalmente por países da África.

A manutenção das altas taxas de natalidade deverá levar a Nigéria a ser o terceiro país mais populoso, posto hoje ocupado pelos EUA. Além dos americanos, o país africano ultrapassará Indonésia, Brasil e Paquistão.

Outros africanos com alto crescimento serão República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia e Uganda. Do lado dos que encolherão mais, estão países do Leste Europeu, como Hungria e Croácia, e o Japão.

AMÉRICA LATINA

Nos países latino-americanos, a população passará dos atuais 634 milhões para 721 milhões em 2030 e 784 milhões em 2050. Daí para frente, começará a cair, voltando a ficar com 721 milhões no final do século.

Brasil e o México continuarão a ficar entre os dez países mais populosos do mundo até 2050. No caso brasileiro, a população, que na projeção da ONU deverá chegar a 208 milhões neste ano, atingirá 238 milhões em 2050.

As previsões demográficas são cruciais para se conceber e implementar as novas metas de desenvolvimento global que estão sendo lançadas este ano em substituição às Metas de Desenvolvimento do Milênio.

John Wilmoth, chefe da divisão populacional da ONU, disse que a concentração do crescimento nos países pobres tornará mais difícil erradicar a pobreza, combater a fome e expandir o ensino e os sistemas de saúde.


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