O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou, por unanimidade, nesta segunda-feira (20) uma resolução que ratifica o acordo sobre o programa nuclear iraniano firmado neste mês por Teerã e as potências do P5+1 (EUA, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha).
A decisão é o primeiro passo concreto para o levantamento das sanções internacionais sobre a economia iraniana.
O texto estipula que, sob a condição de que o Irã respeite estritamente o acordo com as potências, ser anuladas sete resoluções adotadas pela ONU desde 2006 contra o Irã.
Pouco antes da aprovação em Nova York, contudo, o comandante da Guarda Revolucionária Iraniana Mohammed Ali Jafari disse que o texto da resolução é "inaceitável".
"Algumas partes do rascunho claramente cruzaram o limite colocado pela república islâmica, especialmente sobre as capacidades militares iranianas. Nunca vamos aceitá-lo", disse Ali Jafari, segundo a agência semi-oficial Tasnim.
CONDIÇÕES
O Conselho de Segurança, no entanto, não só poderá não suspender as sanções como voltar a aplicá-las se Teerã não cumprir todos os passos acertados com as potências na próxima década. As instalações nucleares e militares da República Islâmica serão verificadas pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Segundo o acordo, as potências não precisarão tomar mais nenhuma ação nos próximos 90 dias. Depois disso, deverão iniciar os preparativos para que estejam prontos a levantar os embargos assim que o primeiro relatório da AIEA mostrar o cumprimento do acordo por parte de Teerã.
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