Folha de S. Paulo


Militar sequestrado pelas Farc é libertado no sul da Colômbia

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entregaram neste domingo (19) a uma comissão humanitária no sul do país o subtenente do exército Cristian Moscoso Rivera, que estava sequestrado desde o dia 7 de julho, após um combate em que ficou ferido, conforme informaram fontes oficiais.

O anúncio foi feito pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em mensagem publicada pelo Twitter, na qual afirmou que o militar "já está livre e se encontra em boas condições".

Mauricio Orjuela/AFP
Luis Villegas, ministro de Defesa, e militares da Colômbia visitam Cristian Moscoso após libertação
Luis Villegas, ministro de Defesa, e militares da Colômbia visitam Cristian Moscoso após libertação

A operação de libertação foi feita no sábado (18) sob sigilo e teve como base o aeroporto Tres de Mayo, na cidade de Puerto Asís, fronteira com o Equador, onde houve um movimento de helicópteros com o emblema do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), segundo as primeiras informações.

Ainda não foram divulgados detalhes sobre o lugar em que foi entregue o militar de 26 anos, que depois será levado a Bogotá, segundo informou a família.

Na semana passada, o presidente Santos disse em entrevista que Moscoso seria libertado antes de 20 de julho, dia em que começa um novo cessar-fogo unilateral das Farc para reduzir a intensidade do conflito armado colombiano.

A cessação de hostilidades, segundo disse inicialmente a comissão negociadora das Farc em Cuba, seria de um mês, mas Santos explicou posteriormente que será de quatro meses.

Por volta da meia-noite de sábado, as Farc anunciaram pelo Twitter que o "protocolo para a libertação" do subtenente estava pronto e que entregá-lo à comissão humanitária era questão de horas.

Além disso, a tia de Moscoso, Luz Mery Rivera, disse por telefone que a operação de libertação havia sido suspensa por fatores climáticos na região.

Moscoso foi capturado pela frente 32 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) depois de ficar ferido em um combate com a guerrilha no dia 7 de julho em uma zona rural do município de Puerto Caicedo (Putumayo).

O militar fazia parte de uma unidade que acompanhava uma caravana de 12 caminhões-pipa carregados de petróleo, que a guerrilha tentou derrubar em uma estrada entre as localidades de Mansoyá e Santana. Um soldado morreu e dois ficaram feridos na operação da guerrilha.


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