Folha de S. Paulo


Atentado do EI contra mercado no Iraque deixa ao menos 115 mortos

A explosão de um caminhão-bomba em um mercado lotado em Khan Beni Saad, a cerca de 30 km a nordeste de Bagdá, deixou ao menos 115 mortos e 170 feridos, disseram autoridades neste sábado (18).

Pelo Twitter, o Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado na noite de sexta-feira (17), um dos mais mortíferos desde que a facção radical sunita assumiu o controle de várias áreas no norte e oeste do país desde o ano passado.

Além das vítimas, 50 lojas foram completamente destruídas e 70 veículos ficaram carbonizados pela explosão, que abriu uma grande cratera no solo.

Segundo dois policiais, um homem desceu de um caminhão e anunciou que venderia gelo com desconto para marcar o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.

O suicida detonou ao menos uma tonelada de explosivos escondidos na parte inferior do caminhão depois de atrair centenas de pessoas, que faziam compras numa noite de 35ºC de temperatura.

Ao reivindicar a ação na província de Diyala, no leste do país, o EI disse que a explosão teve o objetivo de vingar a morte de muçulmanos sunitas na cidade de Hawija, no norte do Iraque.

Após o massacre, multidões furiosas quebraram janelas de carros estacionados nas ruas, em uma mostra de luto e dor.

Segundo a polícia, a força da explosão arremessou partes de corpos para o telhado dos prédios.

O governo de Diyala declarou três dias de luto e ordenou que todos os parques e locais de entretenimento fiquem fechados no restante do período de Eid al-Fitr para evitar novos ataques.

Oficiais iraquianos declararam vitória sobre o EI em Diyala no início deste ano, depois que forças de segurança e paramilitares xiitas expulsaram a facção de vilas e cidades, mas os militantes continuam ativos na província.

Forças de segurança e milícias estão atualmente dando ênfase à província ocidental de Anbar, onde vêm montando uma ofensiva para retomar a região.


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