Folha de S. Paulo


Presidente da Tunísia decreta estado de emergência no país por 30 dias

Beji Caid Essebsi, presidente da Tunísia, decretou estado de emergência por 30 dias em todo o país a partir deste sábado (4), decisão tomada após um atentado terrorista em Sousse deixar 38 mortos.

Em pronunciamento televisionado, Essebsi disse que medidas especiais de segurança que haviam sido suspensas em março de 2014 voltarão a valer na Tunísia pelos próximos 30 dias.

Segundo ele, a situação pela qual passa o país —onde em menos de três meses houve dois grandes ataques terroristas: um em Sousse e outro no museu Bardo — exige medidas excepcionais por parte do governo. Ainda assim, Essebsi disse que está comprometido em manter a liberdade de expressão no território.

"Se ataques como o de Sousse voltarem a acontecer, a Tunísia entrará em colapso". Para o presidente, o país vem sendo alvo de ataques por ter uma democracia funcional e secular.

Ele culpou a situação caótica da Líbia, que enfrenta uma guerra civil, e a inação internacional frente à proliferação da facção terrorista Estado Islâmico pelo momento que atravessa o país.

O estado de emergência foi decretado oito dias após um atentado que deixou 38 turistas estrangeiros mortos na cidade litorânea de Sousse, no sul da Tunísia.

Esta é a quarta vez que se decreta estado de emergência na história do país. Isso dá aos ministérios de Interior, Defesa e Justiça poderes excepcionais para proteger os interesses e a segurança do Estado.

Os governadores regionais poderão proibir a circulação de pessoas ou veículos e qualquer greve ou manifestação pública sem aviso prévio.


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