Folha de S. Paulo


Tunísia prende suspeitos de associação com atirador que atacou hotel

A polícia da Tunísia anunciou nesta segunda-feira (29) a prisão de um grupo de suspeitos de associação com o ataque a um hotel na cidade turística de Sousse, que deixou 38 mortos na última sexta (26).

O atirador que abriu fogo no hotel Imperial Marhaba, o estudante de engenharia Saif Rezgui, 23, foi morto pela polícia. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico, que também diz ter atacado uma mesquita no Kuait no mesmo dia.

Segundo o ministro do Interior, Najem Gharsalli, as autoridades investigam se Rezgui recebeu treinamento na vizinha Líbia. Ele não deu detalhes sobre a identidade dos presos e sua relação com o atirador.

A agência de notícias Associated Press informa que foram sete pessoas presas em três cidades diferentes. De acordo com um investigador, os suspeitos são interrogados nesta segunda-feira em Túnis.

Gharsalli afirmou que serão presas todas as pessoas que deram apoio logístico ou financeiro para o ataque. Membros do governo tunisiano disseram que o autor do atentado visitou diversas páginas vinculadas a radicais islâmicos.

A entrevista aconteceu após um encontro do representante tunisiano com os ministros do Interior da França, Bernard Cazeneuve; da Alemanha, Thomas de Mazière; e do Reino Unido, Theresa May.

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As investigações avançam lentamente e a polícia é questionada por demorar para interromper o atentado. A empresa responsável pelo hotel disse que cumpriu o protocolo e que os seguranças não poderiam enfrentar o atirador.

A maioria dos turistas mortos, 18, vinham do Reino Unido. Em artigo publicado nesta segunda, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, reiterou a determinação do país para a luta contra o terrorismo.

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OUTROS ATAQUES

O atentado na Tunísia foi o pior da história do país e o segundo a atingir a indústria do turismo neste ano. Em março, 22 pessoas morreram quando um grupo de atiradores invadiu o museu do Bardo, em Túnis.

O ataque também foi reivindicado pelo Estado Islâmico. Na sexta (26), a milícia reivindicou a explosão em um templo xiita na Cidade do Kuait, que deixou 26 mortos. O homem-bomba responsável pela ação era saudita.

No mesmo dia, um radical islâmico decapitou o chefe e provocou explosões de produtos químicos em uma fábrica de uma empresa americana no sudoeste da França. Outras duas pessoas ficaram feridas.

A milícia radical convocou seus seguidores a um mês de violência no mês sagrado do Ramadã, que começou no dia 18 e vai até 17 de julho. Neste período, a facção completa um ano de ter se declarado Estado Islâmico.

Atentado na Tunísia


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