Folha de S. Paulo


EUA veem 'excesso' de candidatos republicanos

Com o anúncio da candidatura do senador pela Carolina do Sul Lindsey Graham, na última segunda (1º), o Partido Republicano já "acumula" nove pré-candidatos para a eleição presidencial de 2016, mas pode chegar a 15 nas próximas semanas.

Segundo estimativa do "The New York Times", devem entrar na lista ainda seis outros nomes, entre eles um dos favoritos –Jeb Bush, ex-governador da Flórida e filho e irmão de ex-presidentes.

Se confirmado, o número de pré-candidatos à Casa Branca será o maior em 160 anos de história do Partido Republicano. O grande leque de opções, contudo, já começou a se tornar um problema –ao menos para as emissoras de televisão.

Joe Raedle/AFP
O ex-governador da Flórida Jeb Bush, um dos favoritos na disputa pela candidatura dos republicanos
O ex-governador da Flórida Jeb Bush, um dos favoritos na disputa pela candidatura dos republicanos

A Fox News, que transmitirá o primeiro debate entre os republicanos, em 6 de agosto, e a CNN, que já marcou para 16 de setembro, decidiram limitar o número de participantes.

A primeira convidará só os dez que estiverem à frente nas pesquisas. A CNN, por sua vez, promoverá um debate com os dez mais populares e outro com os restantes.

No entanto, a esta altura da disputa, as pesquisas podem mais confundir do que ajudar a "filtrar" os favoritos.

A última sondagem da Quinnipiac mostra empate entre cinco nomes: Jeb Bush, o governador do Wisconsin, Scott Walker, o senador Marco Rubio, o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee e o médico aposentado Ben Carson –todos com 10%. As diferenças entre os candidatos restantes são menores que a margem de erro de 2,4 pontos percentuais.

O cenário republicano parece mais embaralhado nestas eleições. Em junho de 2011 e de 2007, Mitt Romney e John McCain já tinham, respectivamente, 14 e 16 pontos percentuais de vantagem nas pesquisas sobre os segundos colocados.

Além de Graham, Rubio, Huckabee e Carson, já anunciaram suas candidaturas os senadores Rand Paul e Ted Cruz, a ex-diretora-executiva da Hewlett-Packard Carly Fiorina, o ex-governador de Nova York George Pataki e o ex-senador Rick Santorum.

Para o analista Stu Rothenberg, "qualquer abordagem que limite o cenário tão cedo na disputa" parece "injusta".

"As duas maiores emissoras podem acabar excluindo a única mulher [Fiorina] e o único negro [Carson] da disputa", diz Rothenberg.


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